OTA: SEMPRE MAD, MAIS QUE MAD
Por décadas, as grandes editoras se esquivaram de publicar autores nacionais, ancoradas nos discursos mais demagógicos: HQ brasileira não tem público, não é tão boa quanto a estrangeira, não possui profissionalismo... Tudo para disfarçar as facilidades e a margem de lucro ao se publicar material importado comprado a preço de banana. Quando muito, contratavam quadrinistas que permaneceriam anônimos, produzindo commodities como Disney e quetais. A uma certa altura, a Vecchi comprava entre 300 e 400 páginas mensais de HQ feitas por artistas brasileiros – um volume impensável mesmo para os padrões atuais. Ota provou, sozinho, que o quadrinho nacional era viável e lucrativo – desde que houvesse um verdadeiro editor trabalhando o material. E isso me deixa propenso a dizer que ele talvez tenha sido o maior editor brasileiro de todos os tempos. "
leia texto de Marcio Jr