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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    sábado, agosto 13, 2016

    Galhofa sincronizada


    Brasil mantém, a milhas de distância, o primeiro lugar inconteste no quadro de medalhas na categoria zoação olímpica

    “Fura ela! Fura ela! Vai, sushi! Su-shi! Su-shi!”, soltou uma senhora da plateia da competição de florete individual feminino, no duelo entre a chinesa Lin Po Heung e a italiana Elisa di Francesaca, fazendo todo mundo cair na gargalhada. 

    É batata: toda vez que a arquibancada fica em silêncio, seja porque o jogo está tenso ou porque as regras do esporte exigem, vem um gaiato brasileiro e solta uma gracinha, fazendo toda a arquibancada dar risada. É o esporte do qual somos todos campeões: o levantamento de zoeira, a galhofa sincronizada, a fanfarronice sem barreiras. 

    Nos jogos que acontecem no Parque Olímpico, na Barra, instalação que vira e mexe fica sem comida nos quiosques, um figura já soltou, no meio de um jogo nervosíssimo de tênis, quanto a atleta se concentrava para sacar: “Acabou o cheeseburguer!”. A plateia veio abaixo. A falta de lanche é tão preocupante quando a de medalhas. 
    A zoeira não tem fim: se as atletas são muçulmanas e o jogo de vôlei segue tenso, o animador de torcidas canta o hit do É o Tchan: “Ali Babá, o califa tá de olho no decote dela...”; se a única graça de um jogo caído de futebol é o gandula e seus muitos gestos, outro gaiato levanta o coro: “Ão, ão, ão, gandula é seleção!” 

    Nem fora do estádio a coisa se controla. Na volta de um jogo no Engenhão, à saída do estádio, um voluntário magro, barbudo e de óculos tentava bloquear o fluxo de pessoas, pedindo que parassem. Fez-se um silêncio, e alguém soltou: “Libera aê, Renato Russo!". Sem saber o que fazer, ele continuou dando orientações protocolares. Até que a multidão começou a cantar “Será só imaginação...” 

    (Mariana Filgueiras)

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