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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    domingo, janeiro 08, 2023

    Orixás foram para o exilio




    de LILIA SCHWARCZ

    A imagem símbolo da exposição “Brasil futuro: as forjas da democracia” — aberta no dia 1 de janeiro no Museu Nacional da República no dia 1 de janeiro de 2023 — é a tela criada em 1962, por Djanira Motta e Silva. Obra monumental, em todos os sentidos, ela foi retirada do Salão Nobre do Palácio do Planalto em dezembro de 2019. Chamada “As Orixás”, a obra foi para o “exílio” como muitos brasileiros e brasileiras, obrigados a deixar o país durante o governo Jair Bolsonaro.

    A representação traz as Iabás (orixás femininas) – Iansã, Oxum e Iemanjá – com suas vestes, adereços e ferramentas dos cultos de matriz afro-brasileira em destaque. Além do mais, a relação entre primeiro plano (onde aparecem as Iabás) e segundo é primorosa. Ao fundo, e em tons terrosos e geométricos, a artista define não só um universo religioso como sensível e subjetivo. O resultado é uma obra que permite o diálogo entre modernidade e tradição. Entre o novo e o ancestral. Com muito Axé.

    Pois bem, a tela de proporções elevadas
    “incomodou” o antigo presidente e sua esposa, que a retiraram de suas vistas.

    Pior, alguém rasurou a obra com um furo de caneta, por mero desrespeito! Mais um símbolo daquele governo.

    Na sequência de imagens é possível ver como o furo na tela é intencional, bem no saiote de Oxum, é criminoso; até porque estamos falando de um patrimônio público.

    Mas a tela está de volta, exposta na exposição, e depois retorna ao Palácio, assegurou Janja, de onde nunca deveria ter saído.

    Não parece coincidência que, dentre os primeiros decretos, o governo Lula tenha sancionado a Lei 14.519/2023, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado anualmente no dia 21 de março.
    A pintura de Djanira clama pelo direito à memória dos povos negros das várias Áfricas, que foram obrigados a deixar seu continente, fizeram nossa história, mas restaram no espaço do apagamento, do silenciamento.

    É hora de nos opormos a todo tipo de silenciamento. Material e imaterial. Um bom sábado pra vocês. @rogeriocarvalho125 @janjalula @marciotsantos @museunacionaldarepublica




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