A cruzada moral do bolsonarismo trava uma batalha perdida

"O Rio Grande do Sul pode ser entendido como um caso extremo e caricato do bolsonarismo. Bolsonaro empodera esse homem que se sente perdendo privilégios e nostálgico de um Rio Grande virtuoso. A metade sul do estado, por exemplo, que tanto povoa o imaginário fronteiriço, está economicamente empobrecida, mas se alimenta de histórias de um passado grandioso. O ex-capitão satisfaz esse gaúcho que idealiza o passado, cuja cultura popular exalta um homem armado e orgulhoso de ser tosco, grosso e simples. Bolsonaro é a projeção daquilo que é, ao mesmo tempo, melancolia e frustração."
"A profunda transformação da sociedade brasileira pelas novas gerações é um caminho sem volta. Não há nada que possa impedir isso. Ninguém vai voltar para o armário. Certa vez, o antropólogo Darcy Ribeiro disse a um primo meu: “os velhos irão morrer. Esse é o curso da vida, é para os jovens que temos que focar nossas ações”."
leia artigo de Rosana Pinheiro-Machado
A cruzada moral do bolsonarismo trava uma batalha perdida