DE VOLTA AO REAL
Toda essa patuscada absurda e abusiva de Berzoini e assessores previdenciários - e outros fatos semelhantes - revelam o quanto o pensamento do brasileiro, principalmente de seus dirigentes, ainda é tão cartorial.
Um pensamento burocrático, desinventivo, onde diante de questões recorre-se sempre às soluções óbvias e imediatas, as mesmas de antanho. Não se consegue ousar reviravoltas de caminhos. O recurso de exigir que anciões se apresentem fisicamente a repartições lotadas, por filas gigantescas, demonstra como vivemos a mentalidade dos cartórios sebosos. Tantas possibilidades outras poderiam ser pensadas se os cérebros tivessem a agilidade do raciocínio atualizado que engloba o virtual e a aplicação prática não só de novas tecnologias mas novas maneiras de abordagem e portanto de ação.
E a prevalência dos detalhes e das regrinhas sobre quaisquer fatores de humanidade ou de bom senso? O fulcro é o texto impresso, nos meandros labirínticos, e não a pessoa. Burocratismo total!