Brasil-Covid19. Para que servem os milicos?
"Esse novo protagonismo das Forças Armadas, numa cena que se repete ciclicamente de tempos em tempos, fez muita gente se perguntar para que servem, afinal, os militares no mundo atual, além de cuidar dos quartéis e das datas comemorativas.
Sim, é verdade, batalhões de militares trabalham na construção de pontes e estradas, dão assistência a populações indígenas e ribeirinhas na Amazônia, prestam socorro a vítimas de desastres naturais, guardam nossas fronteiras por terra, ar e mar, e outras atividades que poderiam perfeitamente ser exercidas por civis dos vários órgãos de governo (Funasa, Funai, Denit, Ibama, Polícia Federal, etc). Bastaria que os aparelhassem melhor e com mais recursos.
Na contra-mão, mais de 7 mil militares estão agora aboletados no governo Bolsonaro em funções civis, segundo o TCU, recebendo salários em dobro para exercer funções para as quais não foram preparados, como aconteceu com o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.
Mas como não estamos em guerra contra potências estrangeiras, nem há sinal de perigo à vista, o fato é que os militares hoje estão sem se dedicar à sua função precípua e principal, que é a de defender o país contra ameaças externas.
A inutilidade das tropas em tempos de paz torna-se ainda mais saliente quando vemos o constante crescimento do empenho de recursos com as Forças Armadas, em detrimento de setores vitais para o país, como a educação e a saúde.
O que aconteceria se, em vez de aumentar, o governo reduzisse os contingentes militares, e as respectivas despesas no orçamento federal, com as aposentadorias especiais, acúmulo de soldos e benefícios, e todo tipo de mordomias e privilégios? Que prejuízos o país teria?"
mai nno artigo de Ricardo Kotscho
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