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    sábado, abril 10, 2021

    Como a principal faculdade de direito do país violou o corpo de uma mulher negra por 30 anos

     

    https://ponte.org/wp-content/uploads/2021/04/HQ_capa-02-1.jpg 

    "Jacinta Maria de Santana sentiu-se mal. Era uma mulher pobre, sem ocupação fixa e habituada a perambular pelo centro da capital paulista. A familiaridade com a região, entretanto, não atenuaria os infortúnios reservados a ela naquela manhã de segunda-feira, 26 de novembro de 1900.

    Jacinta respirava com dificuldade. O abdômen lhe parecia cada vez mais pesado. Atônita e nauseada, tombou no início da Rua Dutra Rodrigues, a setecentos metros da Estação da Luz.

    Leia também: O que é genocídio — e as formas que assume no Brasil

    Por volta das dez horas, sua presença foi comunicada às autoridades. Marcondes Machado, médico legista da Polícia Civil, e Pinheiro Prado, delegado da 1ª Circunscrição, compareceram ao local.

    Jacinta foi introduzida num carro que partiu rumo ao hospital da Santa Casa de Misericórdia, no distrito da Consolação. Morreu pelo meio do caminho. No necrotério, Marcondes Machado apontaria uma causa mortis: “lesão cardíaca”.

    E isso é literalmente tudo o que se sabe sobre a protagonista desta reportagem.

    Jacinta não foi fotografada em vida. As pessoas que compunham seu círculo social nunca foram identificadas. Seus gostos, pensamentos, crenças e dizeres permanecem incógnitos, assim como seu endereço — se é que tinha um. Todos os atributos que lhe conferiam humanidade foram descartados em prol de uma transformação iniciada naquela mesma segunda-feira.
    "

    leia matéria de Daniel Salomão Roque​

    Como a principal faculdade de direito do país violou o corpo de uma mulher negra por 30 anos - Ponte Jornalismo:

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