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    domingo, agosto 13, 2023

    O problema do xis

     


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     SERGIO AUGUSTO

    Custei um pouco a me acostumar com o novo logo do Twitter. Pra ser franco, ainda não me acostumei de todo. Assim como não me afinei ainda com as “inovações” da plataforma, quase todas furadas, a começar, reitero, pela substituição do mascote original pela vigésima quarta e mais antipática letra do alfabeto.

    É Xwitter que agora se diz? Ou será Csuiter? Ou Zuiter? Ou Chuiter?
    Ver aquele estilizado xis onde antes havia um prosaico passarinho azul me incomoda, aturde, irrita. Não tanto porque a figura de Elon Musk me incomode, aturda e irrite, mas porque antes de me evocar xerox, raio X, Madame X, Malcolm X, Arquivo X, Geração X, Pix, Drex, FedEx – ou mesmo Eike Batista, Noel Rosa (O Xis do Problema) e Lygia Fagundes Telles (idem) –, ele me remete a coisas sinistras como censura, cortes, proibições e certos artefatos de repressão medievais.

    Nos idos analógicos, quando datilografávamos em vez de digitar, a letra xis era muito mais usada para eliminar caracteres equivocadamente datilografados do que para escrever palavras como “exemplo”, por exemplo. O X era o deletar rudimentar das máquinas de escrever, o mais perceptível poluente gráfico em nossos textos incessantemente rasurados.


    Além de ter sempre textos limpos diante dos olhos, a migração para o computador me proporcionou uma nova relação com a tecla X. Não mais a utilizo para suprimir caracteres ou palavras, apenas ampliei meu risco de acrescentar ao escrito outro erro, caso escreva, digamos, “xuxu”. Por longo tempo condicionado a usá-la sobretudo para deletar, ainda empaco um pouquinho ao digitar qualquer palavra com X, no computador. Pavlov explica.

    Reconheço-lhe a versatilidade e utilidade na matemática e outras ciências, mas, pelas críticas lidas e ouvidas, o X do Elon Musk não agradou. Não foi uma troca inovadora e palpitante, opinou quem entende bastante de marcas e designs, o consultor de criatividade Jake Hancock.

    Outro fora do bufônico fabricante de carros elétricos e vendilhão espacial. Sua gestão caótica à frente do Twitter pedia um gato como novo mascote, já que, afinal de contas, nenhuma letra do alfabeto come passarinho.

    Mestre em marketing e autopromoção, Musk se mete em tudo que o dinheiro pode comprar e mais grana lhe possa render, a ele e à elite empresarial de suas relações. Inventou o capitalismo intergaláctico, estragou o céu com milhares de satélites artificiais que prejudicam a observação astronômica e podem causar sérios acidentes.

    Para levar adiante um prodigioso chip que funcionaria como interface entre o cérebro humano e os mistérios da tecnologia, fundou a Neuralink, cujos testes com animais já causaram pelo menos 1.500 mortes, mas nenhum chip. Musk já deu ao século 21 o seu Dr. Moreau. A ilha? Ele compra.

    ESTADÃO 

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