Millôr, que faria 100, foi individualista indomável
"O ponto de vista próprio, peremptório, era inegociável para o homem que criou centenas de desenhos usando as letras do próprio nome —nome que, como se sabe, também foi inventado por ele, que leu "Millôr" na caligrafia arrevesada do tabelião que o registrou "Milton".
Assim como obteve, legalmente, a patente Editora do Editor para fustigar os amigos Rubem Braga e Fernando Sabino, donos da Editora do Autor, teria sacramentado em cartório a propriedade do derradeiro vocábulo do Aurélio só para garantir que, em discussões, teria a última palavra.
A proverbial assertividade foi decisiva para consagrá-lo como o mestre da frase lapidar, síntese fulgurante de ideia, impropério ou piada que nasce para se descolar do raciocínio e ganhar o mundo tão sozinha quanto seu autor."
mais no artigo de PAULO ROBERTO PIRES