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    terça-feira, janeiro 04, 2022

    Três anos de destruição: Bolsonaro acha pouco e quer mais

    Bernardo Mello Franco                              

    O governo Bolsonaro vai fazer três anos. O capitão acha pouco e quer mais. Na semana que passou, ele recebeu um presente do Congresso. A pretexto de combater a pobreza, ganhou mais R$ 65 bilhões para gastar até a eleição de 2022.


    Todo projeto autocrático depende de um segundo mandato para se consolidar. É o que lembra o filósofo Marcos Nobre, professor da Unicamp e presidente do Cebrap. Em seminário na sexta-feira, ele citou os exemplos de Hungria, Polônia e Turquia, governados por líderes de ultradireita que ascenderam pelo voto.

    “Os populistas autoritários destroem a democracia por etapas”, disse Nobre. “O primeiro mandato é dedicado a minar as instituições. Vão aparelhando progressivamente para que no segundo mandato consigam fechar o regime”, alertou.

    Bolsonaro tem seguido a cartilha. Estimulou movimentos golpistas, asfixiou os órgãos de controle, tentou emparedar o Judiciário. Para minar a confiança na democracia, liderou uma campanha de desinformação contra as urnas eletrônicas.

    O capitão ensaiou uma trégua após o 7 de Setembro, mas voltará a radicalizar para manter sua tropa mobilizada, previu o professor. “Bolsonaro não tem nenhuma pretensão de governar para a maioria. Pelo contrário: a ideia é governar para uma minoria”, explicou.

    Nos últimos dias, o presidente deu razão ao filósofo. Atacou o passaporte da vacina e exaltou o deputado extremista Daniel Silveira, preso após ameaçar ministros do Supremo.

    Para a cientista política Daniela Campello, da FGV, Bolsonaro se tornou a “ilustração perfeita” do populista de direita. O único elemento que destoava do figurino era a defesa da austeridade econômica, que tinha o ministro Paulo Guedes como fiador. Agora o discurso foi abandonado em nome da reeleição.

    “Ainda me impressiono com quem acreditou que Bolsonaro e sua turma teriam se convertido ao neoliberalismo”, disse a professora. Ela lembrou que a gastança eleitoral deve obrigar o próximo governo a assumir o país num cenário de crise fiscal aguda.

    Ainda que seja derrotado nas urnas, o presidente deixará um legado de destruição institucional, afirmou Campello. “Hoje o Ibama hoje não defende o meio ambiente, a Funai não defende os indígenas”, apontou. “Bolsonaro conseguiu normalizar o anormal, e isso já foi uma imensa vitória”, concluiu.

    O cientista político Matthew Taylor, da American University, ressaltou que o retrocesso poderia ser ainda maior. Ele disse que a desorganização do governo atrapalhou parte da agenda autoritária. “Falo com certo alívio. Temos que agradecer a incompetência do Bolsonaro”, ironizou.

    Os participantes do seminário do Cebrap divergiram sobre os prognósticos para 2022. Para Daniela Campello, a inflação e o desemprego tornaram “muito pequenas” as chances de reeleição. “Meu temor não é o Bolsonaro ganhar por vias democráticas. É o que ele vai aprontar para desqualificar as eleições”, disse.

    Para Marcos Nobre, a oposição não deveria repetir o erro de subestimar o capitão. “O projeto é chegar ao segundo turno e demonizar o adversário, o que ele sabe fazer bem”, alertou.

    GLOBO

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