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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

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    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, abril 20, 2024

    Fairport Convention - Who Knows Where The Time Goes (with Sandy Denny)



    Across the evening skyAll the birds are leavingBut how can they knowIt's time for them to go?
    Before the winter fire

    Trump selling Bibles may be desperation – but that shouldn’t cheer anyone up

     

     

    Donald Trump, seen in Washington DC on 1 June 2020, has endorsed a patriotic version of the Bible. Photograph: Shawn Thew/EPA

    Donald Trump is a Bible salesman now

    In the beginning, God created the heavens and the earth and, of course, Donald John Trump. The former US president, as we all know, and as he has repeatedly told us, is God’s gift to humanity. He’s basically Jesus … if Jesus were a blond sexual predator from Queens.

    As if there were ever any doubt that Trump – who has been accused of sexual misconduct by more than 25 women and is facing 34 criminal charges for paying hush money to an adult film star – is a pious man, he is now hawking Bibles. Earlier this week, the presumptive Republican nominee made headlines for endorsing a patriotic version of the Bible. “Happy Holy Week! Let’s Make America Pray Again,” Trump said as he announced his latest scheme. You can get your hands on the book – the only version endorsed by Trump – for just $59.99 through a website, GodBlessTheUSABible.com.

    Where are all the proceeds going? Good question. An FAQ on the site clarifies that Trump is not selling the Bible directly but states that “GodBlessTheUSABible.com uses Donald J Trump’s name, likeness and image under paid license from CIC Ventures LLC”. CIC Ventures is a company that Trump reported owning in his 2023 financial disclosure. In short: it looks like he is getting royalties from the arrangement.

    Trump’s superpower is the fact he has absolutely no shame whatsoever; the cash-strapped candidate will do whatever it takes to make a buck. He’s capitalized on his legal troubles by selling merchandise with his mugshot on it, for example. A couple of years ago, he was peddling digital trading cards depicting him dressed up as a superhero. (“Only $99 each!”) Earlier this year, he launched his own sneaker brand, selling Never Surrender High-Tops for $399. While shopping for the shoes, you could also pick up Trump-branded Victory47 cologne and perfume for $99 a bottle. Then, of course, there’s Truth Social: the Twitter clone Trump launched in 2022.

    All of these recent business ventures have inspired much mockery. Despite the copious jokes, however, Trump has always somehow managed to get the last laugh. His digital trading card selection sold out in less than a day, netting $4.5m in sales. His sneakers also sold out hours after launch. As for loss-making Truth Social? That went public on Tuesday and quickly achieved a valuation of almost $8bn.

    Selling Bibles, of course, is rather different from selling sneakers or trading cards. Might this be a bridge too far for Trump’s followers?

    There has certainly been some criticism of the venture from conservatives. Commentator Charlie Sykes, for example, slammed him for “commodifying the Bible during Holy Week”. However, others on the right are singing the Trump Bible’s praises. “From a Christian perspective, this is one of the the greatest spiritual moments in US history,” Tulsa preacher Jackson Lahmeyer told Real America’s Voice, a rightwing news network.

    All in all, it’s unlikely that the white evangelical Christians who are Trump’s most passionate followers care about the hypocrisy of Trump selling Bibles. These people don’t actually labour under the delusion that their hero is a man of God. They just know he’s a useful means to an end. A Pew Research Center report released earlier this month found: “Most people who view Trump positively don’t think he is especially religious himself. But many think he stands up for people with religious beliefs like theirs.” In other words: they don’t care if Trump personally practices what they preach; they just want him to legislate in a way that means others are forced to follow these practices.

    This isn’t to say that the Bible venture is some sort of genius strategy by Trump. It is, as many people have pointed out, clearly something of a desperate move by a man who is having trouble fundraising and who knows that if he’s not headed to the White House he may be headed to jail. “Donald Trump is weak and desperate – both as a man and a candidate for president,” James Singer, a spokesperson for the Biden campaign, crowed on Monday. Trump may well be desperate, but that shouldn’t cheer anyone up – least of all the Biden campaign. Few things are more dangerous than a desperate man with nothing to lose.

    ARWA MAHDAWI


     

     JEFFREY ST. CLAIR

    + Countries that have lost the most forest since 2001:

    Brazil 517,464 Km2 (9%)
    DRC 181,721 Km2 (13%)
    Angola 111,012 Km2 (14%)
    Sudan 106,213 Km2 (37%)
    Indonesia 95,903 Km2 (9%)
    Mozambique 44,688 Km2 (11%)
    Argentina 45,979 Km2 (14%)
    Myanmar 62,712 Km2 (18%)
    Paraguay 68,266 Km2 (30%)
    Tanzania 80,220 Km2 (15%)
    Bolivia 42,791 Km2 (8%)
    Colombia 36,001 Km2 (6%)
    Nigeria 32,661 Km2 (13%)
    Peru 30144 m2 (4%)

     

    sexta-feira, abril 19, 2024

    adrianne lenker - donut seam



    This whole world is dying Don't it seem like a good time for swimming Before all the water disappears?

    A hipocrisia da lei anti drogas

     maconha



    Daniel Becker

    O Senado, sob a liderança perversa de Rodrigo Pacheco, aprovou no dia 16 de abril a proposta de emenda à Constituição que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no país. Agora, “a posse e o porte de entorpecentes e substâncias similares serão considerados crime, “independentemente da quantidade”.

    Isso ocorre justamente quando o STF discute a distinção entre usuário e traficante. Com a PEC, as distinções são puramente subjetivas. Dessa forma, o playboy dos jardins e do Leblon seguirá sendo usuário, e o negro pobre da periferia ou favela seguirá sendo espancado, extorquido, torturado, assassinado ou preso.

    As evidências científicas mostram que a criminalização nunca funcionou. Anos e anos dessa prática só alimentaram a violência, a corrupção policial, os danos à saúde e epidemias globais de HIV e hepatite. E nunca foram eficazes em reduzir o consumo de drogas.

    Mas parece que o que os senadores querem não é legislar sobre a questão, mas sim marcar posição contra o STF e seu “ativismo judiciário” e mostrar que quem legisla são eles. Para inflar seus egos, sacrificam o país e milhares de vidas.

    De uma tacada, o Senado:

    • fez o país recuar um século em matéria de combate às drogas;
    • aumentou a crueldade da guerra às drogas, inútil e ineficaz para o problema, mas muito eficiente para matar negros, pobres e moradores da periferia;
    • favoreceu o agravamento da corrupção policial e do tráfico de armas;
    • fortaleceu a máfia das “clínicas de reabilitação”, muitas das quais torturam e doutrinam à força;
    • aumentou a população carcerária para deleite dos empresários que postulam a privatização das prisões;
    • que por sua vez ficarão cheias de inocentes pobres, para serem recrutados pelo crime organizado, aumentando a violência no país;
    • prejudicou as dezenas de milhares de pessoas que precisam dos tratamentos a base de Canabis, e que certamente ficam mais difíceis pelo clima de medo que esse tipo de medida repressiva instala.

    Parabéns, senador Pacheco e Senado. E obrigado a pessoas como Mara Gabrili, Randolfe Rodrigues e Fabiano Comparato, que sempre se posicionaram contra a medida e não apareceram ou não tiveram a coragem para votar. 

    GLOBO 


     

    Perder o pensamento no mundo das formigas


    ALVES

     

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    The Allman Brothers Band - In Memory of Elizabeth Reed ( At Fillmore EasT 1971)



    IN MEMORIAM DICKEY BETTS

    A liberdade de Elon Musk


     
     MOR

     
     

     

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    Mundo Fantasmo: 5052) Papai está falando sozinho

     

     

    "Era uma turma alegre, estávamos conversando na mesa de um bar, cedinho da noite. De repente, um celular sobre a mesa acendeu e vibrou. Um dos meus amigos atendeu, foi até a porta em busca de melhor sinal. Voltou apressado, jogou na mesa duas ou três notas amassadas, sem nem olhar, como fazem os americanos nos filmes. “Já vai?”, perguntei. E ele, afastando-se, por cima do ombro: “Papai caiu.”

    Na vida dos adultos jovens surge muitas vezes esse período que pode ser chamado “a Era de Dâmocles”. (Dâmocles era aquele grego que mandava botar uma espada pendurada sobre a cabeça dos convidados.) A espada pode cair a qualquer instante. “Papai” leva uma queda, se machuca um pouco ou nem tanto, precisa ser levado não sei onde, recebe cuidados, curativos, admoestações. E tudo volta ao normal.

    Até o dia em que noutro bar, noutra festa, noutra reunião de trabalho, brota a mensagem seguinte: “Papai caiu de novo”.

    É a vida, não é mesmo? Porque uma coisa é cuidar de um bruguelo ou de uma pirraia de fraldas, que bambeia e desaba por cima da quina mais próxima, abre o bué, mas com meia hora de panacéias e carinhos nem se lembra do acontecido. E outra coisa é cuidar de um latagão ou de uma matrona cuja mente tem sempre metade da idade do corpo, e quer continuar a conviver com escadas, chuveiros, prateleiras de cima.

    Existe outro momento, contudo, também digno de atenção, e este às vezes vem antes.

    “Papai está falando sozinho.”"


    leia mais na cronica de Braulio Tavares:

    Mundo Fantasmo: 5052) Papai está falando sozinho (15.4.2024)

    Maraka'anandê (Demarcação Já)



    Arnaldo Antunes · DJ Mam · Nando Reis · Djuena Tikuna, · DJ Tide ·
    Marlui Miranda · Sônia Guajajara · Carlos Rennó · Chico César

    Flavia, sobrinha

     


    ZIRALDO



    HIPPERT

     

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    Chega de homenagens



    MARIO BAGG

     

    Súplica (Otávio Gabus Mendes, José Marcílio e Deo) – Orlando Silva


    Aço frio de um punhal
    Foi o seu adeus para mim
    Não crendo na verdade, implorei, pedi
    As súplicas morreram sem eco, em vão
    Batendo nas paredes frias do apartamento

    A fome como arma

     

     

     "Antes da guerra, tínhamos boa saúde e corpos fortes”, disse recentemente uma mãe à agência humanitária britânica Oxfam. “Agora, quando olho para meus filhos e para mim, perdemos muito peso. Tentamos comer tudo o que encontramos, plantas ou ervas comestíveis, apenas para sobreviver.”

    Outra mãe de seis filhos repetiu esse
    relato à Organização Mundial da Saúde e
    explicou que nos mercados as plantas sil-
    vestres estão principalmente disponíveis
    a altos preços, “sem legumes, frutas, su-
    co... sem lentilhas, sem arroz, batatas ou
    berinjelas, nada”, levando muitos a sobre

    viver à base de malva, uma erva daninha
    comum. Numa Gaza arruinada e sitiada,
    constantemente sob a ameaça de bombas,
    artilharia e drones, a vida é definida por
    um refrão repetido por muitos: “Ainda es-
    tou vivo. Continuo a respirar”."

    LEIA REPORTAGEM DE PETER BEAUMONT & KAAMI MAHLI

     

     

    Parece que ele não tá bem não



    GEUVAR

     

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    The Allman Brothers Band - Jessica



    IN MEMORIAM DICKEY BETTS

    Dickey Betts, Fiery Guitarist With Allman Brothers Band, Dies at 80

     

    Dickey Betts, a man with longish brown hair and a mustache, plays an electric guitar. He wears a brown leather jacket and has an intense look on his face. 

     

     

     

     "Dickey Betts, a honky-tonk hell raiser who, as a guitarist for the Allman Brothers Band, traded fiery licks with Duane Allman in the band’s early-1970s heyday, and who went on to write some of the band’s most indelible songs, including its biggest hit, “Ramblin’ Man,” died on Thursday at his home in Osprey, Fla. He was 80."

    READ OBIT BY ALEX WILLIAMS

     

    quinta-feira, abril 18, 2024

    '3 Body Problem': What do the San-Ti aliens look like?

     A woman with a sword floats in the air in front of three suns in an orange sky.

     

    "Netflix's 3 Body Problem is a show that leaves us with a lot of questions at the end of its first season. How different are Liu Cixin's books, upon which the show's based? What does the joke that Dr Ye Wenjie (Rosalind Chao) tells Saul Durand (Jovan Adepo) really mean?

    But one of the biggest question marks has to be over the San-Ti themselves — the alien race making their slow and steady way to Earth in order to find a (gulp) new home. Although we hear them speaking in the show (via a human voice and in their VR game), we never actually see their true forms. So what do the creatures coming to wipe out the human race actually look like? What clues are there in the show, and in Cixin's novel trilogy?"

    read more>>

    '3 Body Problem': What do the San-Ti aliens look like? | Mashable

    World Press Photo 2024 – global winners

     

     

    World Press Photo 2024 – global winners | Media | The Guardian


     

    Ziraldo & Ykenga


     

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    Narigudo

     


    MARIO BAGG  >>
     

    Walter Franco - Gema do Novo

    MUUUUUSK

     

     
     
     

     
     
     
     

     

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    Ziraldo e a alegria da resistência

     

    Sentada, encostada a uma árvore, uma criança lê o livro "Menino maluquinho", do Ziraldo. Aos seus pés há uma pilha de outros livros infantis de autoria do Ziraldo. Ao lado da criança, sentado tipo na relva, há um adulto de cabelo branco lendo o Pasquim, talvez o Ziraldo, talvez um avô ou avó da criança.
     

     

    Fernanda Torres

    No início da década de 1970, no arrocho da ditadura militar, o bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro era o refúgio de artistas e intelectuais cariocas. No afã de que seus filhos usufruíssem de uma liberdade inexistente para além do portão de suas casas, essa geração de pais aderiu em peso ao ensino construtivista.

    Eu e meu irmão, Claudio, fomos matriculados no Centro Educacional da Lagoa, uma escola pequeníssima, que prometia milagres com Piaget. Fabrízia Pinto era da mesma sala do meu irmão. No primeiro dia de aula, a molecada se apresentou com seus caderninhos encapados e os da guria causaram furor. Decorados com caricaturas dela ao lado de letras vivas, ou fugindo dos números 2 e 3, eles exibiam o traço inconfundível de Ziraldo, pai de Fabrízia e autor de uma febre chamada Flicts.

    A casa Ziraldo e Wilma sempre esteve aberta, palco das festinhas de adolescência, de viradas, ensaios e contestações. O casal era próximo dos meus pais e os filhos regulavam de idade. Daniela, primogênita dos Pinto, era diferente. Metida até a orelha com o movimento estudantil, os pais acharam por bem mandá-la para Londres, onde se formou em letras e se descobriu cenógrafa.

    Daniela virou lenda para os novinhos, circulando com desenvoltura pela vanguarda do primeiro mundo. Seu cenário de "All Strange Away", de Samuel Beckett, peça dirigida pelo companheiro Gerald Thomas, no icônico teatro La MaMa de Nova York, recebeu elogios da crítica e a irmã mais velha de Fabrízia deu no NY Times.

    Caçula entre os caçulas, eu jamais imaginei que trocaria meia ideia com a moça, mas a vida nos fez parceiras e irmãs de unha e carne.

    Ano passado, participamos de "Ainda Estou Aqui", filme dirigido por Walter Salles, baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, sobre a história verídica de outra família progressista dos anos 1970 radicada na Cidade Maravilhosa: os Paiva. Durante os ensaios da cena em que Rubens Paiva, pai de Marcelo, é levado de casa pelos agentes do DOI-Codi, Daniela confessou estar revivendo um pesadelo de infância.

    Pouco antes de Rubens ser capturado e morto, Ziraldo fora levado por gorilas da linha-dura do tão conhecido apartamento da Fonte da Saudade. Eu sabia das histórias da prisão da turma do Pasquim, mas a versão íntima da minha amiga criança era novidade.

    Assim como Marcelo, Daniela acordou com homens armados na sala de casa. Ao ver o pai ser conduzido para a porta pelos brutamontes, ela se agarrou à sua perna para impedir a ação. Ziraldo a afastou, ríspido, num gesto de medo e cuidado que, para a menina, pareceu rejeição.

     Na mesma época, minha mãe foi chamada para depor na Aeronáutica, mas jamais foi retirada de casa à força, como Ziraldo, ou trancafiada numa solitária, sem deixar rastro de seu paradeiro. Dona Fernanda não foi assassinada numa sessão de tortura, como Rubens Paiva, embora tenha sofrido um atentado a bala pouco antes da abertura, suspeita-se que a mando do CCC, de São Paulo.

    Eu e meu irmão sabíamos bem o que era censura, mas não fomos testemunhas diretas do sadismo e da violência de Estado do regime autoritário, como os Pinto e os Paiva.

    Um ano antes de "Ainda Estou Aqui", Daniela dirigiu com Andrucha Waddington a série "Fim", adaptação para o Globoplay do meu livro homônimo. Nas inúmeras filmagens no São João Batista, notei que ela estudava com afinco a locação, esquadrinhando as ruas e lotes do cemitério. Daniela procurava um jazigo para o pai. Ao comentar que minha família tinha por hábito cremar e jogar as cinzas ao pé de uma árvore, Daniela me respondeu, com um sorriso irônico, que aquela não era uma opção. "Ziraldo jamais me perdoaria".

    Um ano e pouco depois, ele nos deixaria.

    No mesmo São João Batista do "Fim", acompanhei o féretro de Ziraldo até uma transversal da alameda principal. O túmulo minimalista de mármore negro, de autoria da Daniela, lembrava uma escultura de Kiefer ou Rauschenberg. Dora, sobrinha neta do cartunista, puxou um "Besame Mucho" em homenagem ao amante latino, e o Menino Malucão de Caratinga, que me alfabetizou com "Flicts" e os meus filhos com o "ABZ", foi depositado na sua última morada, sob aplausos de amigos e familiares.

    Ziraldo, como meu pai, sofreu de longa moléstia e sua partida era esperada. Livre do corpo enfermo, a memória dele emergiu, com a potência de uma vida usufruída até o caroço. Ziraldo foi a alegria da resistência e, diante do seu túmulo, localizado entre os de Carmen Miranda, Santos Dumont e Tom Jobim, pensei que, talvez, seja mesmo importante ter um local simbólico para manter viva a memória de quem insiste num Brasil humano, criativo e justo.

    Gente que sobreviveu às guerras quentes e frias, que parecem querer ressuscitar agora.

    FOLHA

     Ilustração de Marta Mello

    Karla, sobrinha


     

    Dickey Betts - Ramblin´Man (IN MEMORIAM)

    John Sinclair, 82, Dies; Counterculture Activist Who Led a ‘Guitar Army’

     A black-and-white photo of John Sinclair, a young man with long dark hair, a mustache and wire-rimmed glasses. He wears a black jacket and holds up a fist.

     

    "As the leader of the White Panther Party in the late 1960s, Mr. Sinclair spoke of assembling a “guitar army” to wage “total assault” on racists, capitalism and the criminalization of marijuana. “We are a whole new people with a whole new vision of the world,” he wrote in his book “Guitar Army” (1972), “a vision which is diametrically opposed to the blind greed and control which have driven our immediate predecessors in Euro-Amerika to try to gobble up the whole planet and turn it into one big supermarket.”

    He also managed the incendiary Detroit rock band the MC5. Their lyrics — “I’m sick and tired of paying these dues/And I’m finally getting hip to the American ruse” — were a kind of ballad for the cause."

     read obit by Michael Rosenwald : 

    John Sinclair, 82, Dies; Counterculture Activist Who Led a ‘Guitar Army’ – DNyuz

    No Senado Federal...



    ARTEVILLAR

     

    Sons of former Beatles Paul McCartney and John Lennon release new song together

     

     

    "For six decades, the partnership summarized by the songwriting credit “Lennon-McCartney” has been pop music’s gold standard. So there was some surprise last week when fans woke up to a brand-new track from McCartney and Lennon — if not the same duo."

    read more and listen to the song

    Sons of former Beatles Paul McCartney and John Lennon release new song together | The Straits Times

    Vanguard Jazz Orchestra - Up from the Skies,

    Uncharted Territory Dead Ahead]

     

     

    “If the anomaly does not stabilize by August — a reasonable expectation based on previous El Niño events — then the world will be in uncharted territory. It could imply that a warming planet is already fundamentally altering how the climate system operates, much sooner than scientists had anticipated."

    read more>>

    Uncharted Territory Dead Ahead - CounterPunch.org

    quarta-feira, abril 17, 2024

    Angelique Kidjo - "Voodoo Chile" (Hendrix)


     

    Mars - Helen Fordsale (1978)

    Wee And The Revelations-Somebody To Love(1969).***



    When the truth is found to be liesAnd all the joy within you diesDon't you want somebody to loveDon't you need somebody to loveWouldn't you love somebody to loveYou better find somebody to loveLove, love

    O XIS DA QUESTAO

     

     

     " As manifestações do bilionário não são intempestivas e tresloucadas, muito menos isoladas. Elas têm objetivos muito claros que envolvem interesses econômicos e políticos do empresário não apenas no Brasil, mas também na América Latina."


    LEIA REPORTAGEM DE RENATA MIELLI

     

     

     

    60 anos do golpe militar

     

    Celso Rocha de Barros

     

    Tanques em Brasília no dia 1º de abril de 1964

     

    Em 31 de março de 2024 fez 60 anos que a UDN aderiu à luta armada.

    Derrubaram um presidente legítimo e prometeram eleições presidenciais em 1965. A eleição só aconteceu em 1989. Quem tinha 46 anos votou para presidente pela primeira vez junto comigo, que tinha 16.

    O regime militar durou 20 anos, que corresponderam aos últimos 20 anos da "Era Vargas". Foi uma época de crescimento econômico rápido, como haviam sido os 20 anos de democracia entre 1945 e 1964. Muitos países têm alto crescimento em fases como essas, marcadas por êxodo rural e outras transformações sociais típicas do início do processo de desenvolvimento.

    Na democracia de JK, entretanto, a desigualdade de renda caiu. Na ditadura de Médici, aumentou. A democracia de JK entregou o Brasil para a ditadura com uma dívida externa de pouco mais de US$ 3 bilhões. A ditadura de Médici entregou o Brasil de volta para a democracia com uma dívida externa de US$ 100 bilhões.

    Durante o período de alto crescimento da ditadura, as greves eram proibidas. A ditadura reajustava os salários por um índice de inflação falsificado. Em 1977, a Folha teve acesso a um relatório do Banco Mundial com o índice real de inflação, bem maior que o divulgado pela ditadura. Foi denunciando essa mutreta que Lula se tornou conhecido dos brasileiros.

    Nos grandes projetos de desenvolvimento realizados com imprensa censurada e Judiciário castrado, o cartel das empreiteiras estabeleceu seu controle sobre a política brasileira. A Odebrecht, por exemplo, só entrou para o clube das grandes empreiteiras quando a ditadura lhe entregou a construção das usinas nucleares brasileiras, 2 das 3 sem licitação. O cartel só foi desmantelado graças à versão vitaminada do Ministério Público criado pela Constituição de 1988.

    O leitor pode perguntar: mas, então, a ditadura não fez nada de bom? Fez. Criou o Banco Central, a Embrapa, a aposentadoria rural. E aí o leitor pode pensar: pô, pena que a ditadura não acabou logo depois de fazer essas coisas, ou antes de se endividar demais, ou antes do AI-5.

    Então, filho: esse é um dos motivos pelos quais o negócio se chama ditadura. Ele não vai embora depois que a maioria já encheu o saco. Se você duvida, volte no tempo e defenda o impeachment do Costa e Silva. Tente vencer eleições contra o Médici. Investigue o que o cartel das empreiteiras está fazendo sob o Geisel.

    Muitos jovens que não podiam fazer nada disso radicalizaram e aderiram à luta armada. Um grande número deles foi torturado até a morte pela ditadura. Em 68, eu provavelmente teria me juntado a eles.

    Vire o ano de cabeça para baixo e, em 89, lá estava eu no início do processo pelo qual a democracia brasileira, através de uma série de sucessos, me transformaria em um pacífico social-democrata.

    Imagine como a geração que viveu a ditadura gostaria de ter tido a chance de derrotar o golpe de 64, prender os golpistas, e superar a crise política do início dos anos 60 dentro da democracia.

    Bom, em 2022, 1964 perdeu. Nós temos a chance de prender golpistas e superar nossa crise política dentro da democracia. Não podemos desperdiçar esse privilégio, pelo qual tanta gente boa teria dado a vida 60 anos atrás.



    FOLHA

     

    Joe Pyne vs Zappa



    MARIO BAGG

     

    3 imagens




     



    QUINHO

     

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    When I Paint My Masterpiece - Bob Dylan

    Train wheels a-running through the back of my memoryWhen I ran on the hilltop following a pack of wild geeseSomeday everything is gonna sound like a rhapsodyWhen I paint my masterpiece
     

    PALAVRAS

     

    Donald Trump transforma raiva, medo e ressentimento em entretenimento. 

    - Fintan O'Toole

    Joe Bushkin Trio - Boogie Woogie Platter (1946)

    Filme lembra chefe da reforma agrária do governo Jango em meio aos 60 anos do golpe

     

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    NAIEF HADDAD

    Em meio à efeméride dos 60 anos do golpe militar, muito se fala sobre os principais vitoriosos, como os generais Castello Branco e Costa e Silva, e sobre alguns derrotados, como o presidente deposto João Goulart (PTB), o Jango, e o então deputado federal pelo Rio Grande do Sul Leonel Brizola.

    Entre esses últimos, um nome pouco lembrado é o de João Pinheiro Neto (1928-2006), que comandou uma área tida como essencial por Jango, a política agrária, um dos pontos centrais das chamadas reformas de base.

    Um novo documentário deve contribuir para tirar Pinheiro Neto do esquecimento. Com direção de Barbara Goulart (neta de Jango) e Caio Bortolotti, “Terra Revolta” tem sessão para convidados no dia 4 de abril no Rio e estreia nos cinemas de São Paulo e do Rio em 2 de maio.

    Nascido em uma família de expoentes da política mineira, esse advogado e professor foi assessor de Juscelino Kubitschek (PSD) ao longo dos anos 1950 e teve uma breve passagem como ministro do Trabalho e da Previdência durante o período parlamentarista (1961 e 1962), com Jango como presidente e Tancredo Neves como primeiro-ministro.

    A fase mais relevante da sua vida pública veio em seguida, quando, depois de um plebiscito, o Brasil retomou o sistema presidencialista, com Jango no Planalto. De meados de 1963 ao golpe militar, iniciado em 31 de março de 1964, Pinheiro Neto esteve à frente da Supra (Superintendência da Reforma Agrária).

    Homem culto e de porte quase aristocrático, nunca foi um extremista de esquerda. Ao seu modo, decidiu enfrentar a desigualdade social.

    Entre os entrevistados do filme, estão Maria Thereza Goulart, viúva de Jango, e Almino Affonso, ministro do Trabalho de Goulart em 1963, além de familiares e amigos de Pinheiro Neto.

    “De maneira paradoxal, Jango, um proprietário de terras, passou a sustentar a necessidade da reforma agrária como uma das bandeiras do seu governo”, lembra Affonso.

    Tanto é assim que, no famoso comício da Central do Brasil, o presidente assinou o “decreto da Supra”, que, em linhas gerais, determinava a desapropriação das terras de mais de 500 hectares localizadas em uma faixa de dez quilômetros à margem de ferrovias e rodovias federais.

    Numa entrevista concedida à cineasta Lúcia Murat nos anos 1990, com trechos exibidos em “Terra Revolta”, Pinheiro Neto comentou as incessantes pressões vindas de fazendeiros, mas não só. Muitos empresários e militares também estavam indignados com o “decreto da Supra”.

    JK, uma espécie de mentor de Pinheiro Neto, se distanciou do governo Jango neste momento.

    Era “uma proposta reformista, modernizadora, que nós jamais saberemos a que teria nos levado”, diz a historiadora Angela de Castro Gomes sobre aquele plano de política agrária.

    Com o golpe instalado nos palácios e nas ruas, Pinheiro Neto passou algumas semanas na prisão. Foi a julgamento e, defendido por Sobral Pinto, acabou absolvido. Nunca mais retomou a vida pública.

    TERRA REVOLTA – JOÃO PINHEIRO NETO E A REFORMA AGRÁRIA

    Quando: sessão para convidados: às 20h do dia 4 de abril (quinta) no Estação Net do shopping Gávea, no Rio de Janeiro; estreia para o público prevista para 2 de maio em São Paulo e no Rio

    Produção: Brasil, 2023

    Direção: Barbara Goulart e Caio Bortolotti

    Duração 73 min.

    FOLHA 

     

    Planos de saude cancelam



    JEAN

     

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    terça-feira, abril 16, 2024

    Rock ’n’ roll is really good at dealing with the difficulties of aging.

     Jeffrey St. Clair >>

    + In an interview with the NYT, Pete Townshend said he doesn’t get much of a kick from performing live anymore and that The Who (or what remains of the band) would probably do one more global tour, then “crawl off and die.”

    “AC/DC made 50 albums, but all their albums were the same,” Townshend said. “It wasn’t the way The Who worked. We were an ideas band. (…) I’ve got about 500 titles I might release online, mostly unfinished stuff. We’re not making Coca-Cola, where every can has to taste the same. And it’s turned out, surprise, surprise, that rock ’n’ roll is really good at dealing with the difficulties of aging. Watching Keith Richards onstage, trying to do what he used to do — it’s disturbing, heart-rending, but also delightful…The Who isn’t Daltrey and Townshend onstage at 80, pretending to be young. It’s the four of us in 1964, when we were 18 or 19. If you want to see The Who myth, wait for the avatar show. It would be good!”

    Saint-Saëns - Violin Concerto No.1 in A major, Op.20

    ADEUZ, com Z de ZIRALDO

     EDIEL RIBEIRO

    “Nasci numa pequena cidade de Minas. Até aí nada demais. Muita gente nasce em cidades pequenas, distantes e quietas”.
    Caratinga, a cidade ao qual Ziraldo se refere no primeiro parágrafo da crônica "Reminiscências", logo também ficou especialmente pequena para o cartunista.

    Com pouco mais de 20 anos, como um D'Artagnan, Ziraldo deixou Caratinga com o desejo de conquistar o Rio de Janeiro e - quiçá - o mundo. Quando partiu, seu pai colocou em seu bolso algum dinheiro e um bilhete onde escreveu “Os Dez Mandamentos de Como Vencer na Vida”, conselhos que Ziraldo seguiu a risca e que, em 1954, foram publicados no jornal “Folha de Minas”.
    Irônico, agil e incansável, Ziraldo Alves Pinto é um cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista (ufa!) brasileiro nascido no interior de Minas Gerais, no dia 24 de outubro de 1932.

    Desde pequeno, lia muito e era considerado um menino prodígio. O menino que desenhava em todos os lugares, na calçada, nas paredes e na sala de aula, aos sete anos, teve seu primeiro desenho publicado na “Folha da Manhã
    ”.
    "Em minha cidade chegava pouca coisa, mais eu lia os livros do meu pai e as revistas "Tico-Tico". Depois, ainda em Caratinga, descobri os gibis. Quando vi uma caricatura do Dutra, feita pelo Théo, disse pro meu pai - que queria que eu estudasse pintura com Mário Andena, um pintor italiano que morava em Caratinga: "Pai, é isso que eu quero fazer! Olha aí: é o Dutra e não é o Dutra!" - disse.
    O cartunista começou profissionalmente em uma revista chamada "Coração". Aos 17 anos, publica histórias em quadrinhos nas revistas “Vida Infantil”, “Sesinho”, “Vida Juvenil” e colabora com charges nos últimos números de “O Malho”.

    Em 1952, ingressa na Faculdade de Direito da UFMG e começa a publicar trabalhos mensais na revista “Era Uma Vez”. Dois anos depois, inicia a publicação de uma página de humor no jornal “Folha de Minas”.

    Autodidata, Ziraldo se diz influenciado por grandes nomes do humor, como Ronald Searle, André François, Manzi e Steinberg. Nas artes plásticas, o artista cita como principais influências Picasso, Miró e Goya.

    A partir de 1963, já no Rio de Janeiro, Ziraldo torna-se conhecido do público brasileiro por suas publicações nas revistas “Cigarra”, “O Cruzeiro” e "Jornal do Brasil", onde cria, entre outros personagens, “Os Zerois”.

    O cartunista foi ainda diretor de arte da revista “Visão”, publicitário e coordenador gráfico do Festival de Filme do Rio de Janeiro. Publicou trabalhos nos EUA e Europa; editou a revista “Fairplay”; e o “Cartum JS”, no “Jornal dos Sports”; publicou “Flicts”, “Jeremias, O Bom”, “O Menino Maluquinho” e participou da criação do jornal “O Pasquim”.

    No semanário carioca viveu bons e maus momentos: "Na noite do AI5, eu estava no bar Veloso, quando, de repente, alguém chegou com a notícia: "Deram o golpe!" E aí foi aquele corre-corre para esconder gente. No dia seguinte, a polícia invadiu a minha casa. Eu estava desenhando, quando eles chegaram. Fui levado para o Forte de Copacabana".

    No final dos anos 60, com o sucesso de seu primeiro livro infantil “Flicts” - a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo - Ziraldo se dedica a literatura infantil e lança, junto com Maurício de Souza, os livros “Menino Maluquinho”, “Turma da Mônica”, “Chico Bento” e “Astronauta”.

    Entre os prêmios recebidos durante a carreira destacam-se o “Oscar Internacional de Humor”, de Bruxelas e o “Prêmio Merghantealler”, da Sociedade Interamericana de Imprensa, em Caracas, o “Prêmio Hans Cristian Andersen”, o “Prêmio Jabuti” e o “Prêmio Caran D`Ache”, o “Prêmio Ibero-americano de Humor Gráfico Quevedo” e o “Prêmio da Imprensa Livre da América Latina”.

    Conheci Ziraldo em 1981, no lançamento do livro “O Pipoqueiro da Esquina”. Nos encontramos algumas vezes depois. Em 2003, no “Sindicato do Chopp”, no Leme, em um papo longo, conversamos sobre nosso primeiro encontro, sobre o livro em co-autoria com Carlos Drummond de Andrade, lançado pela Codecri e sobre a coincidência de nossos nomes terem sido inventados por nossos pais. O dele pelo seu Geraldo, que somou parte de seu nome ao nome da dona Zizinha, mãe do Ziraldo. E o meu pela minha mãe, dona Edith que somou o início de seu nome ao final do nome do meu pai Manoel, formando o Ediel.

    Irmão do também cartunista Zélio Alves Pinto, Ziraldo foi casado por mais de quatro décadas com Vilma Gontijo Alves Pinto com quem teve três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio. Atualmente o cartunista é casado com Márcia Martins da Silva.

    O menino Ziraldo estava predestinado a vencer na vida. Em Caratinga ou em qualquer outro lugar do mundo. “No dia que eu descobri que não queria vencer na vida, já era tarde demais: eu já tinha vencido”, disse.

    P.S: O cartunista e escritor Ziraldo morreu neste sábado (6/4) aos 91 anos de causas naturais.

    *Ediel Ribeiro é jornalista, cartunista e escritor.
    *Crônica publicada n'O Folha de Minas, em outubro de 2022.

     


    Zappa


     

    MARIO BAGG

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    3 ruas de paquetá

     




    As voltas que o mundo dá

     


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    CARTOLA: O Mundo É Um Moinho



    Ouça-me bem, amorPreste atenção, o mundo é um moinhoVai triturar teus sonhos, tão mesquinhoVai reduzir as ilusões a pó

    O que voce fazia quando deram o golpe de 64?

     

    Sérgio Augusto

    Não me recordo se naquele fim de semana “deu praia”. Na véspera (sexta, 27), fechei a capa do Quarto Caderno do jornal e, embora pudesse ter ido ao recém-inaugurado Zicartola com Sérgio Cabral (pai), preferi visitar a namorada, no Posto 6.

    Eu, como de hábito e obrigação, escrevia. Fizera, na sexta, um texto sobre um golpe militar – não aqui, pois vidente nunca fui, mas nos EUA. Dali a semanas estrearia o thriller Sete Dias de Maio. Sem qualquer intenção provocativa, foi com aquela “conspiração em Washington” em sua primeira página que o 4.º Caderno do jornal chegou às bancas no domingo de Páscoa.

    A conspiração fardada daqui, além de real, transformara a redação numa tensa bolsa de apostas. “Vai ter golpe?” “Quando?” Em polvorosa, a mesma Marinha que, cinco décadas e meia antes, nos proporcionara a Revolta da Chibata e recentemente ostentou em seu passadiço um almirante golpista com nome de editora do século 19, ameaçava, naqueles idos de março, fazer do País um Potemkin tupiniquim.

    O Correio da Manhã, legalista, defendera a posse de Jango, três anos antes, mas julgava seu governo sem autoridade e anarquizado. Não faltava na cúpula do jornal quem, lacerdista ou não, conspirasse abertamente pela saída do presidente.

    Tarde da noite de segunda-feira, 30, fui, por acaso, um dos primeiros a ler, ainda em prova, o histórico editorial Basta!, no qual o jornal chutou, sem dó, o pau da barraca. “Isso vai dar merda”, comentei com o companheiro mais próximo, que não discordou de mim.

    E os primeiros tanques, insurrecionados por um xará do general Mourão, desceram de Juiz de Fora, mesma cidade mineira onde, 54 anos mais tarde, uma canhestra facada turbinaria a ascensão ao poder de um flagelo chamado Jair Bolsonaro.

    Quando sobreveio a quartelada, meu companheiro de redação Carlos Heitor Cony convalescia em casa de uma apendicectomia. De pronto reinstalado em sua coluna, resumiu à perfeição numa frase o que havia acontecido: “Foi um simples golpe de direita para a manutenção de privilégios”. E também para calar, prender, torturar e matar desafetos. Mas isto a gente só ficaria sabendo com a desgraceira já em andamento.

    ESTADÃO 

    Ykenga se encontrando com Nani Lucas



    NEI LIMA

     

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    Gregorian - Hurt (Trent Reznor)



    Everyone I know goes awayIn the end

    What a surprise! Free speech absolutist Elon Musk doesn’t really love free speech

     ‘Elon Musk will defend someone’s right to use transphobic and ableist language online to the very end but God forbid anyone should exercise their freedom of speech to say anything bad about him!’ Photograph: Theo Wargo/WireImage

      Arwa Mahdawi

    Let’s check in on the platform formerly known as Twitter shall we? Let’s have a gander at how it’s doing since Elon Musk, the world’s cleverest man, decided to set its extremely valuable brand equity on fire and rename it “X”.

    Huh, what do you know, it looks like it’s doing X-tremely poorly. Usage in the US has dropped by more than a fifth since Musk took the platform over in late 2022, a recent analysis found. This week Musk, who once named himself “Chief Twit”, also chaotically reversed his policy of making people pay for “verified status” and started forcing blue ticks on the site’s most-followed accounts – to the dismay of many users.

    X might not be at the top of its game right now but, to be fair, Musk has plenty of other companies. So how’s Tesla doing? Not so great either, apparently. Inventory is piling up and the company is resorting to big discounts in order to shift cars. Meanwhile the Biden administration recently criticized SpaceX (another Musk company) for how heavily its operations are subsidized by the public.

    While some of his biggest businesses are plagued with problems, Musk’s attention seems to be elsewhere. Half the time he seems to be tweeting about how he’ll never go to therapy or dramatically unfollowing his ex on X. The rest of the time the billionaire appears to be consumed by his favourite hobby: funding ridiculous lawsuits.

    Last year Musk, who likes to refer to himself as a “free speech absolutist”, grandly announced that he would help pay the legal bills for people who felt they were “unfairly treated” for posting on Twitter. Musk was inundated with people asking for help and, last week, X officially announced that it was funding a lawsuit filed by Chloe Happe against her former employer Block – the financial technology company set up by Jack Dorsey, the founder of Twitter. While it’s not clear why Block terminated Happe, the lawsuit alleges it was because of her behaviour on Twitter.

    “Block fired Chloe because of the political opinions she expressed on X,” the official X News account tweeted. “Chloe had two pseudonymous accounts on X, @bronzeageshawty and the now-deprecated @samsarashawty … because some of the opinions she expressed in her X accounts did not conform to the prevailing political orthodoxy, Block fired her, in violation of the law.”

    So what were those brave views that X is defending? Well, there are two key tweets (both of which Happe subsequently deleted) that are at the center of the lawsuit. One, described in the court filing as the “Restroom Post” said: “Looking fear in the eyes today as I’m using the ADA gender neutral restroom in the office and a retarded tranny in a wheelchair knocks on the door.”

    The other tweet is described as the “Refugee Post”. In this one, posted soon after 7 October 2023, Happe pretended to be a “citizen” of Kurdistan (which is a region, not a country) and joked about refugees from Gaza coming to the area. Happe regularly uses this particular pseudonymous account to pretend to be a woman in Kurdistan with a sheep-herding husband and tweet “witticisms” like: “beautiful big tittie kurdish women just don’t fall out of the sky you know.”

    Regardless of what you think about Happe’s comments, this seems like a bizarre case to throw your weight behind. I mean, let’s be very clear here: one of the richest and most influential men in the world has decided to invest his considerable resources in fighting for a woman’s right to say “tranny” and “retarded” online.

    A cynic might say the motivation behind this lawsuit is not so much free speech as it is childish trolling. Musk, after all, has routinely demonstrated that he has the maturity of a 12-year-old. This is a man, let us not forget, who whited out the “w” on the Twitter office sign because he thought it would be funny for people to work at “titter”.

    Despite the fact that he styles himself as a free speech warrior, Musk has also made it very clear that he’s not keen on certain forms of free speech. He will defend someone’s right to use transphobic and ableist language online to the very end but God forbid anyone should exercise their freedom of speech to say anything bad about him! The thin-skinned billionaire has forced employees to sign restrictive non-disparagement agreements and Twitter has been accused of suspending the accounts of journalists who have covered the platform. There are also claims that the platform has censored Palestinian public figures and suspended accounts which have been critical of Israel’s war on Gaza.

    Musk has also weaponized the law to try to shut down his critics. Last month, for example, a judge dismissed a case X had filed against the Center for Countering Digital Hate (CCDH), a non-profit that has published reports detailing a rise in hate speech and racist content on X since the Musk takeover.

    “Sometimes it is unclear what is driving a litigation …” wrote Charles Breyer, the US district judge, in the ruling. “Other times, a complaint is so unabashedly and vociferously about one thing that there can be no mistaking that purpose … This case is about punishing the defendants … X Corp has brought this case in order to punish CCDH for CCDH publications that criticized X Corp – and perhaps in order to dissuade others who might wish to engage in such criticism.”

    Musk actively trying to suppress criticism while posturing as a free speech warrior? Gosh, it’s almost like the man is a raging hypocrite.

    GUARDIAN 

     


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