O brasileiro acha chique visitar Paris, Roma, Berlim, mas a Europa é, em essência, tudo o que a classe média odeia – Hoje tem textão

"Enquanto o brasileiro médio sonha com Paris, Roma, Berlim e o Bolsonaro, mais países europeus avançam em debates sobre a liberação das drogas e a regulamentação da prostituição, como já faz a Holanda. Aborto é um direito conquistado, debates de gênero são estimulados dentro das mais renomadas instituições de ensino. O estado é (quase sempre) laico. Ninguém tem armas e nem pensa em sua liberação. Serviços de limpeza doméstica tem que respeitar o valor mínimo por hora, assim como os profissionais que cuidam de crianças, dos jardins ou que trabalham em bares e restaurantes. Existe diferença social? Infelizmente existe, mas é muito, muito menor do que se vê no Brasil.
O ensino gratuito – ou financiado pelo governo em forma de empréstimo estudantil – permite que cada vez mais famílias tenham seus integrantes com diploma superior. No entanto, não é preciso ter uma profissão com formação universitária para conquistar uma vida digna. Mas é preciso saber que uma vida digna, por aqui, é para todos e não inclui escravos domésticos: cada um limpa seu banheiro, cuida do quintal e vai de transporte coletivo ou de bicicleta, usando ciclovias, de um lado para o outro. Por aqui, “piadas” racistas não são aceitas, igualdade de gênero é assunto sério, homofobia é crime. É perfeito? Não. E está longe de ser, especialmente em relação a etnias minoritárias, refugiados e parcelas mais vulneráveis da socidade. Mas não é tão ruim como no Brasil."
leia artigo de Ivana Ebel
O brasileiro acha chique visitar Paris, Roma, Berlim, mas a Europa é, em essência, tudo o que a classe média odeia – Hoje tem textão: