Nada como a passagem do tempo
Pelo povo americano espraiou-se como chuva radioativa uma percepção quanto à folia de seus delírios
ufanistas. belicistas, patriotadas patéticos
- embora danosos -
e estão aí repudiando uma guerra que eles mesmos atiçaram.
Não adiantou sábios e prudentes clamarem no deserto de sensatezes.
Alertas e avisos não faltaram. Deu no que estava previsto.
Pelo menos agora uma maioria significativa cai em si, se atina para a altivez insana.
A vitória dos democratas não mudará muita coisa nesse sentido. Políticos desse partido também aplaudiram a invasão do Iraque.
Muda algo sim em projetos sociais, pólíticas internas, e - importante nesse planeta entrópico - menos birra na recusa a reconhecer a urgencia de medidas ambientais.
Mas os dois partidos são duas faces da moeda corporativa.
Mesmo assim, é motivo de alegria a queda de uma figura abjeta como Rumsfield, um ser mau, frio, cínico e extremamente danoso em sua empáfia e egoísmo, figura digna de papel de destaque no teatro da ópera nazista do Terceiro Reich.
Rumsfield é o idiota irônico que invadiu o Iraque prometendo uma vitória em cinco meses. Impassível diante das denúncias atrozes de Abu Ghraib. Falta agora a derrocada do espertalhão reacionário Cheney, o vice-presidente do Império que declarou recentemente que tortura é uma coisa legal (nos dois sentidos de legal).