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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)


  • terça-feira, março 25, 2003


    A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO BÉLICO

    No afã de vender a guerra como uma injeção rápida e indolor, os publicitários do Pentágono anunciaram imediatamente após a invasão as tomadas das cidades iraquianas do golfo pérsico.

    Com o tempo os esquemas publicitários foram sendo desmentidos pelo procon da realidade. Nenhuma cidade havia sido capturada, nem no golfo, nem no interior, nada de Umm Qasr nem Al Faw, nem Nassíria nem Nafar, quanto menos Basra, a metrópole onde os soldados invasores seriam recebidos com flores nas ruas.
    Não obstante a palhaçada inconveniente da bandeira americana fincada no alto da murada, como se tivessem chegado os donos do pedaço.

    A resistência iraquiana maior que a esperada levou a mudanças de planos e agora dizem: "Nosso interesse não era mesmo tomar essas cidades, estamos dando a volta para chegar mais rápido a Bagdã". Existe a necessidade urgente de alguma vitória significativa americana para fazer jus à expectativa criada pela máquina publicitária cujo slogan era a imensa superioridade dos superheróis ocidentais.

    O comercial planejado com milhoes de iraquianos se rendendo e/ou recebendo os invasores de braços abertos não pode ir ao ar porque os figurantes se recusaram a participar.

    Se não fosse essa fissura por uma guerra rápida, para acalmar o mercado (sempre o mercado) e a ojeriza planetária, o Império poderia ter adotado estratégias mais calmas e eficazes. Dias (ou semanas) de ataque aéreo antes da entrada de tropas terrestres. Avanços lentos tomando posse realmente do terreno passo a passo.

    Assistimos também a um festival de erros pastelões por parte dos invadores. Seriam cômicos, não fossem trágicos, como mísseis americanos indo cair num onibus na Síria, longe das batalhas. Quem matou o jornalista ingles? Os americanos. De quem era o míssil que derrubou o avião ingles? Dos americanos.

    Especialistas militares nos asseguram que tais gafes são normais em guerras.
    Mas esvoaçam ainda mais ridículas quando o slogan dessa guerra era a eficácia precisa da tecnologia.

    No outro lado, papagaios iraquianos repetem em microfones que o fim da guerra está próximo, que serão vitoriosos, que estão vencendo e os invasores se cagam de medo, correndo para casa. Como manterão os anúncios no ar quando seus castelos estiverem desmoronando?

    São todos uns meninos brigões num terreno baldio, arrotando vantagens enquanto dão e tomam porradas.

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