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    segunda-feira, junho 16, 2025

    `Podemos tentar nos poupar de dois constrangimentos?

     



    OSMARCO VALLADÃO

    "No thrones. No crowns. No kings."
    Bacana, mas prefiro uma que vi numa foto:
    "No crown for the clown."
    Eu sei que está todo mundo ocupado com Teerã e Tel Aviv, e com bons motivos, mas acho que vale um apoio às muitas manifestações "No Kings" contra os absurdos do governo Trump ontem, no dia em que ele decidiu transformar o aniversário do Exército numa comemoração de seu próprio aniversário com uma parada militar como não se via há mais de 30 anos.
    Ninguém ainda falou em retumbante fracasso, mas ninguém nega que o público foi bem abaixo do esperado.
    Alguns relatos falam que os tanques eram relíquias caducas e ofegantes dos anos 80, mais ou menos como o próprio Trump. Que estava cochilando durante o desfile, aliás.
    Mark Ruffalo, Jymmi Kimmel, Glenn Close, Kerry Whashington, Julia Louis-Dreyfus, Susan Sarandon (claro) e mais um monte de gente famosa, pelo menos por lá, compareceu aos protestos em diferentes cidades. Se Dr. David Bruce Banner e Contessa Valentina Allegra de Fontaine estão nessa, eu apoio.
    Não sei como as coisas ficaram em Seattle depois que a polícia avisou que NÃO colaboraria com a Imigração. Eu sei que um macaense safra de 64 diria "ah, então ainda tem homens nessa merda!". A UCLA, honrando sua história, tem divulgado dicas bem inteligentes, como desabilitar a liberação do celular por reconhecimento facial ou impressão digital e substituir por uma boa e velha senha de 6 dígitos. Também vale conhecer o que o Sōhei (monge guerreiro da história japonesa) Peter Coyote disse sobre o aspecto teatral das manifestações e como usa-lo. O conselho sobre usar a bandeira para evitar que ela fique definitivamente caracterizada como símbolo do fascismo MAGA é particularmente bonito, mas duvido que funcione. Lembro de papos do mesmo tipo sobre a camisa da seleção ou as cores verde e amarelo durante as manifestações de 2013 e ninguém comprou. Tudo bem, o que interessa agora é "La Raza Unida".
    Ok, eu entendo nosso Shadenfreund interno fique todo saliente com as imagens de Tel Aviv sendo bombardeada. Eu sou adepto de Lao-Tsé, acredito na frase do velhinho antipático sobre emoções e cavalos selvagens. Tentar deter é inútil e fingir que eles não passaram é ridículo.
    Mas podemos tentar nos poupar de dois constrangimentos?
    O primeiro são argumentos que tentam tornar intelectualmente e ideologicamente aceitável a noção de que "Papai do Céu castiga". Israel está sofrendo as consequências de ter atacado o Irã, o que acontece na Palestina não tem nada a ver com isso.
    A segundo constrangimento é tornar o Irã algum herói nisso. O Irã foi atacado e está se defendendo. Isso é sobre causas e consequências, não sobre virtudes e defeitos, heróis ou vilões: o Irã é uma teocracia fundamentalista que em 2022 viu uma série surpreendente de protestos causada pelo assassinato de uma moça curdo-iraniana de 22 anos, Mahsa "Jina" Amini, que sofreu morte cerebral sob a custódia da polícia devido, provavelmente, à pancadas na cabeça. O crime que a levou a ser detida por uma atrocidade chamada "Patrulha de Orientação", que advertia violentamente ou prendia com objetivos de "reeducação" mulheres que usavam o hijab de uma forma um pouco menos rígida, o que ganhou força entre 2000 e 2020. Em 2019 manifestantes já haviam atacado uma van dessa "Patrulha" para libertar duas mulheres detidas. E isso num dos países que mais forma mulheres cientistas no mundo, para ficar ainda mais ridículo e trágico.
    No meu dicionário pouco importa se é o Islã do Irã ou o budismo do Tibete pré-ocupação chinesa, "teocracia" significa invariavelmente "uma merda de governo fascista".
    No túmulo de Amini existe uma pichação em curdo que acabou virando seu epitáfio oficial, que costuma ser visto em manifestações no Irã.
    "Jina, você não morrerá, se tornará uma lenda."
    Deveria mesmo. No Irã e no ocidente supostamente civilizado e democrático. Lá, um alerta sobre o que está acontecendo. Aqui, um alerta sobre o que pode acontecer se não tomarmos alguns cuidados com certas tendências e cartas pessoas.
    Gooooooooooooooooood Mooooooooooooooooorniiiiiiinnnnnnnnnnnnng, Vietnããããããããã!

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