This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    terça-feira, dezembro 20, 2022

    Futebol triunfa, bate novo complexo de vira-lata e recupera equilíbrio com a prancheta

     



    Marcos Augusto Gonçalves


    No final das contas ganhou o futebol.

    A quebra da hegemonia europeia em Copas por uma seleção com alma, destemor, marinheiros de primeira viagem e um supercraque traz reflexões sobre o fetiche "tecnocoaching" triunfante no Brasil pós-7x1 como uma espécie de reação da ciência e do planejamento sobre o subdesenvolvimento mental ingênuo nativo. Por um lado bem-vinda, veio a restaurar o complexo de vira-lata de outros tempos, em versão 2.0.

    im, a Argentina teve técnico, e muito bom, mas sem a gosma provinciana de Tite, o rei das eliminatórias sul-americanas por pontos corridos, com seus processos, ciclos, compadrios e inseguranças mal-disfarçadas sob aplausos midiáticos.

    A final desta Copa, a maior de todos os tempos, fez lembrar, em outra escala, a vitória do Real Madrid na Champions. Entrou em campo o futebol com sua magia.

    Pode parecer resistência à adesão a uma estratégia de racionalidade que deseja ter posse de bola para cozinhar o descontrole atávico do futebol.

    Tática, estratégia, performance atlética sempre estiveram presentes neste jogo. A ideia de que em outros tempos tudo se passava como uma pelada de gala em que cada um se virava de acordo com a intuição e o talento individual é um grande equívoco.

    Natural que os processos tenham evoluído, mas um efeito colateral foi aquela dosezinha de arrogância conceitual e moral da prancheta sobre o campo e as qualidades humanas da performance —da espécie mesmo, diria, quando atua ancestralmente em grupo para vencer os embates vitais.

    O avanço tático no palco europeu, o grande palco do mundo, foi indiscutivelmente marcante. Pep Guardiola é o bruxo desse reino.

    Não é preciso falar de sua importância —e há muitos outros. Mas evocando o santista José Miguel Wisnik, talvez esse guardiolismo já meio pós ele mesmo tenha passado de remédio a veneno. O posicional, a robotização, a prevalência do banco sobre o gramado acabaram se exacerbando e ganhando o estatuto de indiscutível estado da arte. O resto, como se dizia, seria literatura.

    O futebol, contudo, é literatura. E não só de mestres e diluidores, mas de inventores (pobre Ezra Pound, diria meu amigo Fred Coelho). E os heróis desse poema são os Puskás, os Pelés, os Garrinchas, os Zidanes, os Romários e, claro, o Messi.

    GLOBO


    0 Comentários:

    Postar um comentário

    Assinar Postar comentários [Atom]

    << Home


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER