A montanha pariu um rato
"É um modelo miliciano de pensar, em
que a aquiescência do outro é obtida me-
diante intimidações e ameaças, mas que,
no caso, não serve para nada. Onde seria
necessário, tem chance mínima de fun-
cionar, pois a cúpula do Judiciário, do sis-
tema político e do empresariado não se
amedronta com os grunhidos bolsona-
ristas. Onde não, é dispensável. O “Cen-
trão”, os milicos e os bispos picaretas
apoiam o capitão por conveniência, e não
por medo. Não precisam de outros argu-
mentos, estão com ele porque são pagos.
Resta, é claro, a suposição de que o po-
vo, a maioria do eleitorado, que é pobre
e vive mal, pode ser impressionado com
manifestações de força como as deste 7
de Setembro. De novo é o modelo mili-
ciano, em que as favelas e comunidades
são mantidas na dependência de margi-
nais por medo de represálias, com ban-
didos circulando na carroceria de cami-