A estratégia da chapa Ciro-Lula em prol de um projeto nacional de desenvolvimento
"O antipetismo está destruindo nossa nação, pois gerou ódios e fissões de nossa elite econômica e política até relações familiares e pessoais. Por isso mesmo, considerando Lula o segundo melhor presidente desse país (atrás de Getúlio Vargas), acredita-se que os setores progressistas devam apoiar Ciro Gomes e o PDT. Entende-se que sem o apoio de Lula e o PT será mais difícil Ciro ir ao segundo turno. O PT, está cada vez mais isolado, percebe-se isso nas eleições municipais de 2020, portanto, caso dispute com candidatura própria as eleições de 2020 terá boas chances de chegar ao segundo turno e chances maiores ainda de perder para toda a coalização que se formará contra ele.
Desse modo, o caminho mais plausível seria a união entre o campo progressista liderado por uma chapa Ciro-Lula. Ciro como cabeça de chapa, afasta o desgaste da volta de um governo do PT e consegue trazer novos aliados. Lula como vice carrega todos seu carisma e votos trazendo, é verdade, parte da sua rejeição que também é em relação à esquerda e a Ciro, pois é associado a ela. Mesmo que Lula não possa disputar as eleições, caso permaneça inelegível, isso já seria suficiente para asfaltar a candidatura de Ciro como o grande candidato do campo socialdemocrata, trabalhista progressista. Nesse caso, no registro das candidaturas substituir-se-ia por outro nome do PT, como Haddad, Jaques Wagner, Rui Costa, Tarso Genro ou Paulo Paim sendo o vice de Ciro. Uma jogada de mestre.
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Ciro já estaria sendo virtualmente preparado para assumir o legado de Lula, seria acordado um projeto político de longo prazo para depois de um possível segundo mandato de Ciro (caso eleito) onde seria a vez do PDT apoiar o PT se colocando como vice e este teria o futuro candidato à presidência em 2030 (quem sabe uma chapa Haddad-Cid). Afinal um projeto nacional de desenvolvimento para Brasil não se implementa em 4 ou 8 anos. São necessários pelo menos mais de uma década para a sua real efetivação."
mais no artigo de Cássio Moreira