Quarentena on-line apocalíptica

"Eis aí, meus amigos, a ameaça mais grave que esta microscópica mamona assassina apresenta à civilização: sete bilhões e setecentos milhões de pessoas durante semanas, vinte e quatro horas por dia, nas redes sociais. Reflitam: se ao usarmos Face, Twitter, Whats-App e Instagram só nos intervalos do trabalho, da criação dos filhos, dos estudos, das tarefas domésticas e demais ocupações cotidianas já conseguimos produzir excrescências como Trump, a mamadeira de piroca, o Brexit, o terraplanismo, o “kit gay”, Bolsonaro, Golden Shower, youtubers mirins, “nazismo é de esquerda”, ombudsman de fantasia de carnaval, “Marielle é traficante”, o veio da Havan, o movimento antivacina, o gemidão do WhatsApp, só para citar uma parcela ínfima dos patógenos surgidos na Rede Mundial de Computadores, o que acontecerá quando nos dedicarmos full-time a chafurdar em nossas teletelas?"
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Quarentena on-line apocalíptica. Por Antonio Prata