Elzita teve saga de 45 anos em busca de filho alvo de sarcasmo de Bolsonaro

"Até a morte, aos 105 anos, há pouco mais de um mês, Elzita Ramos de Oliveira Santa Cruz carregou como bandeira e razão de vida a pergunta sem resposta sobre o paradeiro do filho que repetiu enquanto tinha voz.
Morreu sem conseguir enterrar Fernando Santa Cruz, desaparecido em fevereiro de 1974, após ser preso em um sábado de Carnaval por órgãos de repressão da ditadura militar, numa esquina de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Perdeu as contas de quantos quartéis visitou no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também esteve em inúmeros cemitérios na tentativa de achar as ossadas do filho.
Até morrer, Elzita mantinha o mesmo número do telefone fixo, na esperança de que o filho desaparecido pudesse ligar para casa ou que qualquer pista pudesse chegar a ela. Em um dos quartos de sua casa, guardava fotos, documentos e roupas de Fernando."
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