De trabalho escravo a marketing ambiental: a face agrária de Eike Batista
"O flagrante de trabalho escravo em Corumbá (MS) talvez seja o caso mais escandaloso envolvendo Eike Batista. Alguns trabalhadores dormiam num forno, numa fazenda que produzia carvão para a MMX Metálicos. E não foi um caso isolado: a empresa assinou acordo e reincidiu. Relembremos esta notícia da Repórter Brasil: “MMX rompe acordo e trabalhadores são encontrados morando em forno de carvoaria“.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, de O Globo, Eike Batista informou em 2008 que tinha uma plantação de eucalipto em 500 hectares, para a produção de ferro-gusa. Mas admitiu que o carvão utilizado em Corumbá dependia também de outra origem: “Estamos recebendo madeira hoje dessa fronteira agrícola que está sendo desmatada”. Em outras palavras, o X de suas empresas não remetia apenas ao ouro ou demais minérios encontrados: era também o X do desmatamento.
A pesquisadora também relatou intimidação por agentes de segurança contratados pela LLX a ações criminosas, “como o caso de agricultores que tiveram suas terras e lavouras invadidas e destruídas em pleno final de semana e no período noturno”. Suyá concluiu seu trabalho dizendo que o processo se repetiu em outros empreendimentos do grupo EBX.
As áreas na Serra das Farofas tinham sido devastadas pela mineração, segundo o Ministério Público Estadual. Segundo a Emicon, a MMX captava até 100% da água do Ribeirão dos Quéias de forma ilegal. Sem licença ambiental"
mais na reportagem de Alceu Castilho
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