PÓS-HERÓIS
"Ao mencionar Eike, os olhos dela brilhavam, como se torcesse por Ronald Biggs em fuga para o Brasil após escapar da prisão pelo assalto ao trem pagador: um herói.
Não que Eike já não tivesse vivido esse papel. No caso, portanto, um novo herói, aos olhos de quem, como a mulher no supermercado, vê a suposta perpetuação do roubo como uma virtude glamourosa. Ou, num viés ideológico ultraliberal, uma vitória da rebeldia do indivíduo contra o estado.
O mesmo estado que, não faz muito tempo, alçou Eike Batista a grande herói nacional: tudo passava pelo Eike, espécie de superministro privado das viabilizações mágicas. Um herói por cujo caixa quase tudo transitava e era drenado para o limbo da catástrofe futura"
leia coluna de Arnaldo Bloch
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