Ainda Jobs: Pedro Dória fala do homem paradoxal
RIO - Steven Paul Jobs era um homem pacato. Budista, seguia desde muito jovem a linha zen. Era também um homem agressivo, capaz de demissões sumárias por motivos fúteis. Fez muita gente chorar por broncas duras. Foi um pai amoroso quase toda a vida mas se recusou a reconhecer a primeira filha em seus primeiros anos. Foi um homem ímpar, paradoxal, que marcou profundamente o mundo.
No Vale, principalmente após Bill Gates criar sua fundação, virou praxe para os grandes milionários doar um bom quinhão de suas fortunas para boas causas. Não Jobs. Suas únicas doações conhecidas são para o Partido Democrata.
Estourava mesmo. Nos corredores, os funcionários se desviavam dele. Falavam o menos possível, ninguém queria se expor à demissão repentina sem pista do porquê.
Read more at oglobo.globo.comEm alguns depoimentos, porém, alguns sugerem que a idade e os filhos o amaciaram. Quando fazia produtos pensando em famílias, aquilo lhe era natural. Steve Jobs gostava de família.