Há algo no ar além dos aviões que estão no chão
1.
A crise o caos a confusao
no setor aéreo evidenciam a maneira como os administradores do país
- notadamente o atual Lula e sua equipe, mas a observação possui uma validade maior -
vão tocando as questões sem realmente resolvê-las.
Governar o Brasil é empurrar com a barriga
a mesma barriga que vai se empanturrando de privilégios
sem estômago ou culhão para desbaratar nós górdios.
Os problemas neste ponto são críticos há meses.
Não há planos maiores do que aguardar pra ver se passa,
como doente adepto da teoria de que a natureza cura.
Não se tomaram providências preventivas, nem, dores deflagradas, cirúrgicas.
2.
A hagiografia lulesca temc omo forte ponto de venda a habilidade astuta de Lula como negociador, qualidades afinadas em seus anos de dirigente sindical às mesas com patrões e governos.
Será que perdeu o fio
nos tempos passados sentado em gabinetes?
A negociação com os controladores de vôo tem sido um desastre.
E esse arroubo de acertar ítens com os grevistas
pra depois voltar atrás
peitado pelos milicos brandindo a tal famosa quebra de hierarquia?
(como eles gostam de peitar e como as pessoas ainda à essa altura levam essas peitadas!)
3.
A lenta composição do ministério
o espraiar em camera lenta das gestoes de um segundo mandato
tudo foi atropelado por aviões parados
(e atrasados).
Lula (e sua turma) quer tocar um país dentro de seu tempo
(de compor aqui, costurar ali, assembleiar acolá)
um país cujo tempo esgotou
que tem pressa