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    domingo, março 25, 2007

    Salão Carioca: A Polêmica (3)

    Esta conversa começou aqui


    E continuou aqui



    Como diversas críticas e reclamações direcionadas ao Salão Carioca deste ano mencionavam a minha pessoa, peço licença para falar um pouco de mim aqui.

    Como escrevi no último post sobre as polêmicas do Salão, a maioria das críticas contra mim referem-se ao concurso e sustentam que para ser premiado no concurso desse evento é preciso ser amigo de Ricky Goodwin (ou, nas variantes, amigo de Eliana Caruso ou de Ana Pinta).

    É uma reclamação comum entre os desclassificados ou não-premiados num concurso que os resultados do mesmo tenham sido manipulados. Mas a repetição disto através dos anos – e a virulência dos comentários feitos este ano – é algo que me entristece sempre
    pois busco com muito esforço ter posturas isentas e imparciais e justas em todos os meus trabalhos.

    A noção de justeza e de igualdade entre as pessoas é algo profundamente arraigado em mim e me preocupa possibilidades de não estar agindo de acordo, ou mesmo que esteja passando a impressão de estar “protegendo” ou privilegiando determinados grupos ou pessoas.

    Não faço parte de grupos. Não estou ligado a movimentos. Me orgulho inclusive de ser amigo e de ter trânsito entre várias turmas. Aliás, nem sei se eu teria paciência ou interesse de me relacionar constantemente com as mesmas pessoas.

    Trabalho em publicações de humor desde 1973 – e como editor ou co-editor de publicações de humor (inclusive as principais do Brasil) desde 74, ou seja, há 33 anos. Como jornalista tenho 39 anos. Faço exposições e eventos desde 1986. E sempre – tanto no humor quanto nas reportagens – busquei espaços para o novo.

    Vou dar exemplos mais recentes. Quando fui convidado para ser Editor das Seções Visuais do Caderno B, no JB, em 2005
    desenvolvi lá junto com Ziraldo e Pimentel um projeto de publicação de charges que num primeiro momento publicava de 4 a 6 charges por dia.

    Eu poderia ter (como é comum aliás na imprensa) chamados grandes nomes para este espaço, ou os chargistas quer mais admiro, ou – como me imputam – alguns amigos. Preferi (e Ziraldo incentivou isso) transformar num espaço aberto para chargistas de todo o Brasil, com a maior variedade possível.
    E aberto para QUALQUER UM que quisesse participar, bastando que enviasse suas charges para nosso endereço.

    Claro, havia contingencias do espaço, da pauta, da composição do assunto, e algumas pessoas demoravam a ter suas charges publicadas. Mas – principalmente na primeira fase antes do espaço começar a ser restringido – na medida do possível eu procurava encaixar charges de gente nova. E impulsionar uma rotatividade entre os publicados. O projeto que começou com 30 chargistas chegou a contar com 53 colaboradores.

    Quer dizer, convidei 30, procurando a maior diversidade de cidades e de estilos possível, e nestes já tinha gente que eu nem conhecia. E além destes, entraram outros 23 que foram mostrando suas charges. Se isto for uma “panelinha”, que panelaço, hein!

    O Caderno B nessa fase abriu um espaço para a publicação de 10 tiristas diários. Ziraldo ficou de escolher cinco e eu outros cinco.
    Novamente
    - e desculpem gente mas creio que a maneira melhor de me explicar para quem não me conhece é com esses fatos e os números –
    eu poderia ter escolhido os amigos
    ou privilegiado o elenco da PACATATU com quem já vinha trabalhando há anos.

    Mas: indiquei apenas um artista contratado há algum tempo pela PACATATU (Marco)
    Um segundo artista era da PACATATU porém novo na área dos quadrinhos, tendo sido recém-contratado para distribuição pela gente (Jean).
    Aí entraram dois artistas com os quais não tinha nenhum contato pessoal anterior. Um deles, o Dahmer, porque eu admirava muito Os Malvados, e sobre o outro (Lafayette) nem conhecia muito seu trabalho, mas é que eu queria lançar uma coisa totalmente inédita e diferente.
    Para a quinta inclui uma sugestão do Pimentel, editor do Caderno B (Luscar).


    Outra coisa:
    Tive envolvimento em 14 edições do Salão Carioca de Humor mas eu não sou o Salão Carioca, realizado por diversas pessoas durante sua história e na gestão atual. Posso ter divergências com alguns de seus resultados e concordo com algumas críticas que lhe são dirigidas.

    Por exemplo: eu (opinião pessoal) gostava mais do Salão de outras épocas, quando não era tão grandioso como agora.
    O evento agora está maior e muito melhor – não tem nem comparação quando ao escopo e à qualidade –
    mas aquelas edições me simpatizavam mais (e sei que isso é a opinião de outras pessoas).
    Mas sei também
    - e é isso que muitos não conseguem aceitar –
    que o tempo não para e que algumas transformações são inexoráveis.

    Não tinha mais como o Salão Carioca – cuja importância vinha explodindo – continuar naquele esquema, com a equipe restrita, e dependente de verbas públicas, do Estado. Assim ele ia acabar. Quer dizer, ia não, assim ele acabou. Ficou dois anos sem acontecer.

    Quando as pessoas criticam esse aspecto evolutivo dou uma de Lula e lanço mão de correlatos. É como um grupo de rock que tinha determinado tipo de carreira, mais independente, voltado para um grupo de fãs de sua área musical. Aí foi contratado por uma grande gravadora, estourou comercialmente, tem um público de diversas áreas, e, claro, isto se refletiu em suas canções.

    Tem quem descobriu os Beatles com o Album Branco ou Abbey Road e acham que sua fase beatlemania é muito tosca. Tem quem ache que após Revolver nunca mais foram os mesmos. E tem quem os acompanhou durante toda a carreira, e nos sucessivos lançamentos solos, e gostam de tudo, pois gostam de música, e consideram cada momento como aquele momento.


    Bem, mas chega de falar de mim (ou dos Beatles) ou de minhas opiniões.
    No próximo post vou analisar as críticas quanto ao concurso do Salão Carioca,
    pelas postulações de ser uma panelinha, de ser algo manipulado, ou de premiar sempre as mesmas pessoas.

    Ali responderei com números e não com opiniões.

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