Vistos na semana
Pleine Soleil (René Clement, bas. Patricia Highsmith, França, 1960)
Lilo & Stich (DeBlois & Sanders, est. Disney, EUA, 2002)
Zelig (Woody Allen, EUA, 1983)
Lady & the Tramp (Geronimi & Jackson, est. Disney, EUA, 1955)
Silent Hill (Christophe Gans, rot. Roger Avary, Canada, 2006)
Seus Problemas Acabaram! (José Lavigne, rot e com Casseta & Planeta, Brasil, 2006)
The Call of Cthulhu (Andrew Leman, EUA, 2005)
The ballad of Jack and Rose (Rebecca Miller, EUA, 2005)
Grizzly Man (Wener Herzog, EUA, 2005)
Brick (Rian Johnson, EUA, 2005)
Casa de Areia (Andrucha Waddington, Brasil, 2005)
Minha visão de Silent Hill nao é a de um espectador isento pois já estive nessa cidadezinha abandonada à beira de um lago e lá eu vivi por várias semanas percorrendo suas ruas cobertas de neblina e seus prédios recheados de seres tortuosos como em quadros de Francis Bacon com facões pesados querendo retalhar a mim como se fosse um bacon.
O filme se inspira num game e mais do que isso, é fiel reconstituição não só da atmosfera do jogo como de minúcias como angulos de visão e a maneira como se movimentam personagens nos games atuais.
O universo de Lovecraft é outro onde vivo e visito constantemente. Por anos joguei os RPGs de Cthulhu. Mas a recriação da turma de Leman para esse conto específico de Lovecraft vai fascinar também os interessados por filmes mudos. O filme é atual mas feito como se o fora na época em que os textos foram escritos, ou seja, é um filme mudo com atuações, efeitos e filmagens como naquele tempo.
(Baixei a obra na internet, não chegará aqui pelas vIas tradicionais)
Já Brick talvez chegue aqui eventualmente em DVD, não sei, mas é um mash-up cinematográfico do genero noir com filmes de adolescentes em ginásios americanos com filmes de delinquentes juvenis (com um lingo e mores próprios). Interessante.
Em Jack and Rose Daniel Day Lewis (excelente) é o remanescente de uma comunidade-paz-e-amor que cria a filha numa ilha isolada longe do mundo e Rebecca conduz a trama com muita sensibilidade.
Na semana em que o homem dos jacarés levou ferroada mortal de um bicho, finalmente vi o novo filme do Herzog sobre o homem dos ursos, o naturalista maluco (literalmente) que curte viver na natureza como se os bichos fossem seus amiguinhos, e os desdobramentos emocionantes que ali advém. Timothy Treadwell filmava-se a si próprio constantemente e Herzog faz ótimo uso desse material. Timothyé um Klaus Kinski natural para as considerações herzoguianos sobre natureza, homens, e suas naturezas.
O filme dos Cassetas... ao contrário das opiniões gerais, gostei do primeiro filme. Este é infinitamente mais bem produzido mas o roteiro referente de anos 70 do outro é melhor. Quer dizer, as piadas individuais do outro, pois havia um grande problema de roteiro ao ter as situações mal costuradas. A maior diferença para mim do primeiro para o segundo é a direção de quem entende de comédia do Lavigne (acostumado também com o grupo). Este agora não só estica para o cinema piadas de televisão como faz uso da vertente mais chula e simplória do humor C&P (peidos, cocô, e trocadilhos com cu). Deve fazer sucesso.
Em termos de cinema nacional, melhor foi passear pelas dunas de Casa de Areia. O restante na semana também foram coisas revistas.
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