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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)


  • domingo, fevereiro 13, 2005



    CASO LUMA

    Ela é exagerada em suas paixões mas neste caso estou com Cora Rónai.

    Abrir enormes espaços numa primeira página de jornal para Lumas é um acinte. É esfregar na cara do leitor que ele é um idiota. E que se pode fazer a imprensa de joguete.

    Os fotógrafos combinarem de se vestirem de preto quando tiverem que fotografar Luma é pouco. Os fotógrafos deveriam se recusar a tirar fotos dela e os editores a publicar matérias com ela. Se a onda é essa, mulher boa disposta a aparecer com peles de fora não falta. E muito mais interessante.

    A escrotidâo que ela armou pra cima de um fotógrafo no resort da Bahia seria suficiente para ela passar um tempo na geladeira das pautas. Mas Luma tem um currículo vezeiro de sacanear a imprensa quando lhe interessa e logo depois bajular a imprensa quando lhe interessa. Os jornais, principalmente os grandes jornais, deveriam acudir mais para o que lhes interessa - ou o que é realmente importante para o leitor - do que para os interesses de celebridades, a maioria dos quais eles mesmos fabricaram sobre substancias totalmente vazias e desprovidas de sentido (a não ser aquele bom sentido do Casseta & Planeta, o de dentro pra fora ou de fora pra dentro).

    Os argumentos pelo enorme estampar de Luma na cobertura do carnaval é que ela é notícia. Portanto, merece o espaço. Luma é Oliveira é notícia falsa. É uma grande mentira, como a sua alegada gravidez. Se apresentassem aos editores de primeira página, uma manchete do caralho, que venderia jornal à bessa, mas que fosse uma notícia falsa, uma cascata inventada, eles publicariam?

    Críticos da questão protestam o espaço dado a uma pessoa "que passa valores tão errados". Não é por aí. Os editores do Globo e alguns leitores contra-argumentam que então não se poderia destacar imagens de facínoras na primeira página, ntidiamente maus-exemplos.
    É pelo lado realmente da notícia (e aqui estou falando em jornalismo e não em vender jornal): um serial killer matou diversas pessoas. Um ditador aterrorizou um país. E assim por diante? O que fez Luma para ser notícia? Deu para um bombeiro, um policial, um milionário? É boa e gostosa? Ao contrário do facínora, Luma apenas fascina.
    Não por brilho próprio mas pelos reflexos dos refletores que lhe rodearam.

    Está mais do que na hora de toda a imprensa dar uma faxina naquilo que pensa que fascina. Luma é uma ponta quente e ardente de um iceberg que é este cultura de culto à celebridade vigente e incentivado pela imprensa em cima do nada. Isto é que "mina os nossos valores". Não são os ídolos com pés de barro, são as personalidades com cérebro de minhoca e formigas no rabo e um nada nas veias.

    Dizem "é disso que o povo gosta", numa falsa modéstia de ocultar o quanto os meios de comunicação formam (e deformam) este gostar.

    Outro argumento pró-Luma é o da folia momesca, que carnaval é hora de mulher despida na capa, e que Luma de Oliveira representa o carnaval. Que carnaval, cara-pálida (e bota pálida nisso) ? Num momento em que os blocos estão bombando, que o carnaval de rua retoma as ruas, que o desfile sambadrome passa por alterações coreográficas significativas...

    ou - para nos mantermos dentro do raciocínio de que o verdadeiro carnaval é mulher gostosa e pseudo-pelada nas fotos -
    há uma nova geração de seres femininos bem-dotadas de carne que "representariam o carnaval" com mais pujança e atualidade e - como classificam - mais formas de "conteudo jornalístico". Luma já deu o que tinha que dar (embora, com certeza, vai continuar dando e muito).

    Resumindo, houve tres grandes notícias no carnaval. Realmente destaques para capas. A velha guarda da Portela ter sido impedida de desfilar. As inovações da Unidos da Tijuca. A vitória na quarta da Beija-Flor. Alguem viu Luma de Oliveira provocando uma fração do reboliço destes acontecimentos?
    Com bases jornalísticas, uma senhora portelense chorando na avenida seria muito mais destaque que uma Luma posando estática.
    Com base na promoção de vendas (o que realmente manda na imprensa de hoje) está mais do que na hora de entrar lumas, quer dizer, numas, e dispor outras sobre o balcão do açougue.

    E com base de vergonha na cara tava mais do que na hora de mandar essa mulher vestir uma calcinha, calar a boca, e aproveitar as mangueiras disponíveis pra baixar o fogo de sua ardência por notoriedade. Quem gosta de sequestrar e dar porrada em fotógrafo deveria ser notícia é de página policial.

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