EUROCOPA - ADIEU LES BLERGH
Na Alemanha, em 2002, as desculpas eram que os jogadores estavam exauridos apos uma temporada europeia puxada, que Zidane estava contundido, etc etc.
Quais serao as desculpas desta vez?
A verdade eh que a França nao jogou nada.
Como nao vendo jogando ha alguns anos.
Que diferença entre a apatia e a ineficiencia dos franceses
comparadas com a garra e o entusiasmo dos portugueses
quando ambos confrontados com a necessidade de uma reaçao-virada...
Mais uma vez, reafirmo minha porçao-Pele: antes do torneio eu comentei que a Grecia iria surpreender. Nada demais, baseiei-me na sua campanha classificatoria.
Felipao eh tao cagao que ateh este resultado vem fortalecer a sua imagem:
agora podera rebater as criticas iniciais que recebeu quando Portugal estreeou perdendo para a Grecia, pois eh a mesma equipe que eliminou agora a França.
Por falar em Portugal, como chora a imprensa inglesa! Preferiram transformar todo seu fiasco num caso de roubalheira, esquecendo-se dos gols e dos penaltis perdidos para alevantar suspeitas sobre o seu gol justamente anulado ao final da partida.
E assim, como na Copa 2002, varias selecoes tradicionais, incensadas como favoritas, retornam para casa antes da hora prevista (porem mais do que na hora merecida).
Nesta EuroCopa, entao, terao razao os que dissertarao agora sobre os maleficios da globalizaçao tambem no futebol. O caso mais gritante eh o da Espanha.
Espanha, Italia, França (Inglaterra menos que as outras) tem campeonatos sensacionais, clubes excelentes, mas - neo-colonialistas-esportivas - aas custas da importaçao de craques. Na hora de escolher os selecionados nativos, o elenco encurta.
E, sob a sombra dos estrangeiros, nao nasce a grama das futuras geraçoes locais.
No Brasil, eterna colonia, o processo se inverte: a grama começa a nascer mas eh arrancada pelas raizes para ir adubar os terrenos la fora.
Eh a globolalizaçao.