IMPRENSA AMERICANA VAI DE MAUS A PIOR
É incrível, mas em meio a mudanças de casas & viagens & impossibilidade acompanhar tudo
somente agora fiquei sabendo
pelo Pensar Enlouquece do Inagaki
que Art Spiegelman deixou o New Yorker.
Spiegelman é um dos melhores ilustradores da atualidade e criou algumas das capas antológicas da revista New Yorker. E um quadrinhista genial, autor dos livros premiados MAUS e editor de publicações alternativas como RAW e Drawn & Quarterly.
Apesar disto, e apesar de sua ligação de 10 anos com a revista, e apesar de sua esposa e designer Françoise prosseguir como editora de arte do NY,
Spiegelman perdeu o saco.
Ou manteve a coerencia.
Diante da caretização crescente do sofisticado NY
caretização aliás da imprensa americana de modo geral
aliás - se isso ainda é possível - do povo americano, mais ainda;
Spiegelman saiu.
Suas últimas ilustrações vinham sendo vetadas
e as que foram publicadas geraram ondas de protestos dos leitores da NY.
Como a capa da edição de 4 de julho onde num detalhe explodia uma bomba atômica. Ou a do Dia de Ação de Graças onde aviôes bombardeavam um país com perus.
Agora ele pensa em deixar também o país e morar na velha Europa.
Entrevista com Spiegelman, traduzida do Corriere dela Sera,
sobre sua saída do NY e o clima atual no Império Americano
Abertura da mais recente obra em quadrinhos de Art Spiegelman.
A história está inédita porque nenhuma editora ou publicação americana aceitou publicá-la.
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