VALENDO-SE DE ARTIFÍCIOS
Antecipei as comemorações de Ano Novo para 30 de dezembro
mas o restante do Mundo não concordou comigo
Assim me vi no epicentro de uma comoção envolvendo milhares de pessoas.
Moro na Praia de Copacabana. Acompanhei os preparativos. É só descer e andar poucos metros até a areia para caminhar pelos palcos & PAs, barracas sendo montadas, cervejas enterradas sob bandeiras fincadas, os afoitos marcando seus territorios, transatlänticos deslizando para suas posicoes no cenario...
De noite, nenhum transporte através de muvucas. Em contrapartida, praticamente todos os amigos que se dirigem ao reveillon fazem de sua casa uma base.
Este ano, com a festa uma noite antes e avisos explíticos conseguimos fazer um evento só familiar, para curtir melhor nossa filha que passa alguns dias no Brazil. O clima também está mais para apreensões do que festejos. Minha mãe está na UTI, meu emprego subiu no telhado, e mais e mais e mais.
Mas na areia encontramos varios e varios amigos.
Os fogos são artifícios para celebrar alguma coisa.
Na explosão de cores nós mesmos nos despedaçamos para se recompor em luzes.