COP30, a nova mesa de negociação é Indígena
“A gente não tá tendo muita oportunidade para falar com o governo. A COP30 está sendo bem na nossa casa, na nossa porta, mas a gente não tem voz”, afirmava Alessandra Munduruku, uma das organizadoras da manifestação. Muitos Indígenas levaram para o ato fotos dos rios poluídos pelo garimpo. Algumas mulheres estavam com as crianças no colo, contou o repórter Hyury Potter. “As crianças que estão aqui sofrem na base, com mercúrio no seu corpo, com agrotóxico no seu corpo. Já chega de usar a nossa imagem para dizer que é sustentável. Nosso rio está contaminado”, denunciou ela.
O povo Munduruku, do Pará, é um dos mais atingidos pelo garimpo ilegal, intensificado durante o governo do extremista de direita Jair Bolsonaro. Também está ameaçado por megaprojetos governamentais da gestão Lula, como a Ferrogrão, chamada pelos povos da região de “ferrovia da morte”, e, no fim de agosto deste ano, viram o governo Lula publicar o Decreto nº 12.600, que inclui no Programa Nacional de Desestatização as hidrovias nos rios Tapajós, Madeira e Tocantins, também para o escoamento da soja. Com isso, elas se tornam projetos prioritários para o governo. Os Indígenas acusam o governo de ter privatizado seus rios."
leia apanhado de Talita Bedinelli
COP30, dia 5: a nova mesa de negociação é Indígena - SUMAÚMA


