TRABALHO INSANO
"“Não é mais o cronômetro de Taylor que comanda o tempo de trabalho, aquele em que o operário cumpria sua carga horária na fábrica
e ia embora para casa. Agora, o que rege o sistema é a meta”, observa o pesquisador,destacando que, com a mudança, o capital tem a oferecer à classe trabalhadora – seja ela masculina, feminina, branca, negra, LGBT, indígena ou imigrante – um novo paradigma.
“O resultado disso é que, além da perda
de dedos e mãos, o trabalho escravo, e
mortes nas indústrias, temos também o
adoecimento mental. O sistema de metas
passa a ser o objetivo do trabalho. Se
minha meta foi 100 hoje, não posso voltar
para os 80 amanhã, preciso ir para 110. E
isso me adoece, pois me dedico ao limite,
sentindo que estou sempre aquém. Em
algum momento, vou me exaurir. Aos
adoecimentos físicos se somam os psíquicos,
e aí vêm a depressão, a angústia
e, em alguns casos, os suicídios.”
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