"A reconstituição visual de época é uma das melhores
coisas do filme, juntamente com a performance de Timothée Chalamet, que ensaiou
(dizem) cinco anos para fazer esse papel. É um ator jovem, energético, que
merece atenção; mas é principalmente como cantor que ele se destaca. Não é
fácil cantar o repertório de Dylan, em que o fraseado é único, os cortes para
respiração são imprevisíveis, e o canto vale menos pela afinação musical das
notas do que na ênfase poderosa que Dylan impõe nos seus versos.
Chalamet consegue a proeza de cantar parecido com Dylan
sem imitar a voz rouca e nasal de Dylan. Não é pouco. Nas cenas de palco e de
canto, o ator cresce, perde o ar de menino mimado, chama para si um pouco do
magnetismo que tinha a presença física de Dylan nesse período."
leia coluna de BRAULIO TAVARES
Mundo Fantasmo: 5158) Dylan: um completo desconhecido (4.3.2025)