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    sábado, janeiro 18, 2025

    Luta feia - Americanos se mobilizam contra ameaças autoritárias


    JAMIL CHADE

    Numa noite com a sensação térmica de 11 graus negativos em Connecticut, fui instruído na recepção da biblioteca pública de New Haven a ir ao subsolo. Era ali que aconteceria uma reunião com americanos de todas as origens e estrangeiros com o sonho americano. O motivo: ser informados sobre os riscos que cada um corria diante da iminente posse de Donald Trump e preparar uma resistência para defender o estado de direito e a democracia.



    Ao procurar meu caminho pelas escadas, passei por um livro de colorir cuidadosamente colocado sobre uma das mesas. Na capa, personagens das diferentes etnias que formam parte da sociedade americana. Era um convite reducionista às crianças para que escolhessem a cor que cada um teria? E os brancos, seriam eles a metáfora do poder, como diria James Baldwin?

    Finalmente cheguei até a reunião, que ocorria atrás da última prateleira de livros, na seção de "não-ficção". À medida que a conversa se desenrolava, porém, ela parecia fazer parte de um obra imaginária, incapaz de ocorrer no país que insiste em exportar a democracia e a liberdade, sempre que lhe convém.

    Trump assume a presidência na segunda-feira e, ao longo dos meses, prometeu perseguir os "inimigos internos", atacou minorias e indicou que irá reverter políticas de diversidade. Anunciou a maior deportação da história e a retirada de direitos de mulheres sobre seu corpo. Ele ainda sinalizou que vai perdoar os invasores do Capitólio e não descartou ser "ditador por um dia".

    Nas mais de duas horas daquele encontro, cerca de 50 pessoas seriam informadas sobre como agir, a quem recorrer, quais telefones acionar e o que dizer para as forças de ordem em caso de abuso. A instituição de direitos civis que organizava o encontro - a ACLU - ainda explicou como estava se preparando para defender o acesso à justiça reprodutiva, direito ao protesto e a situação de imigrantes.

    Por todo o país, igrejas, escolas e centro comunitários proliferam encontros como esse para montar planos de resistência. Não querem repetir a experiência de 2017, quando foram pegos de surpresa pelas ações de Trump. Mas sabem que, desta vez, a extrema direita também desembarca mais organizada, mais poderosa e mais furiosa.
    Ao final da sessão, e num clima de angústia coletiva, a mensagem dos ativistas era de apelar à resistência. 

    "Vamos para as ruas e vamos pedir que vocês apareçam. Vai ser exaustivo e vamos precisar de todos. Eles querem nos botar medo, justamente para não estarmos aqui. Mas é hora de agir", defendeu Perryman.
    "Vamos vencer. Mas a luta agora vai ser mais longa e mais feia", admitiu a ativista ao encerrar o encontro.

    Como pegando os cacos de suas almas estilhaçadas pela sessão, os participantes buscavam forças para se levantar e enfrentar uma nova era. Era hora de se abrigar. 

    Lá fora, o frio apenas havia se intensificado, enquanto cada um se protegia como podia para enfrentar um longo inverno.

    UOL

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