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    sexta-feira, março 01, 2024

    Três quadrinhos reúnem o melhor da patifaria com protagonistas intoleráveis, mas com trajetórias irresistíveis

     Flashback dos tempos de glória do supervilão de “Incógnito” antes de se retirar da vida de crime

     O bom-mocismo não é mais lugar-comum, nem nas HQs

     Por Télio Navega

    Não é todo dia que uma característica deplorável como a cafajestice se faz presente tão forte em uma seleção de protagonistas como a contida nos quadrinhos “Decadência” (JBC), “Nas Índias traiçoeiras” (Nemo) e “Incógnito” (Mino). Cada um deles é, à sua maneira, um cafajeste diferente, claro, mas é curioso notar que o bom-mocismo não é mais lugar-comum, nem nas HQs. Os tempos de Superman e do Homem-Aranha, conhecido como amigão da vizinhança, ficaram para trás. O mundo é cruel e aparece bem representado nestes três títulos.

    Autopiedade

    No mangá “Decadência”, um quadrinista tão melancólico quanto seu autor, Inio Asano, está em crise, pois acaba de entregar seu mais recente trabalho e, enquanto aguarda, ansioso, pelas críticas, não sabe se terá inspiração para o próximo. Sem um novo projeto à vista, ele se vê, então, obrigado a dispensar sua equipe, e nem todos aceitam bem a demissão. Para piorar, seu casamento está em crise, e ele mergulha na rotina de pagar por acompanhantes. O envolvimento sentimental com uma delas acaba sendo inevitável. Extremamente humano, mas um pulha na essência, o autopiedoso protagonista leva o leitor a uma espiral de emoções neste mangá, com direito a cenários acachapantes de Asano, como de praxe.

    Buscón guia expedição em busca da cidade de ouro de Eldorado — Foto: Divulgação
    Buscón guia expedição em busca da cidade de ouro de Eldorado — Foto: Divulgação

    Trapaceiro e irresistível como um Chicó, de Ariano Suassuna, o Buscón criado por Alan Ayroles e Juanjo Guarnido em “Nas Índias traiçoeiras” é um patife que, lá pelas tantas, confessa, sem falsa modéstia: “Sim, eu trapaceei. Sim, vivi de mulheres e abusei dos ingênuos. Eu roubei, claro. E ocasionalmente... matei.”

    Apesar da vagabundagem e da malandragem do personagem em suas andanças pela Espanha e América do século XVII (ainda conhecida como Índias), você torce por ele neste quadrinho cheio de reviravoltas e arte espetacular do espanhol Guarnido, o mesmo da série “Blacksad”. As páginas da expedição à mítica cidade de Eldorado são impressionantes.

    Supervilão aposentado

    O protagonista em crise de “Decadência” — Foto: Divulgação
    O protagonista em crise de “Decadência” — Foto: Divulgação

    Já em “Incógnito”, Zack Chacina é um supervilão aposentado que, em troca de liberdade vigiada, entregou o chefe para a Justiça e, assim, entrou para o programa de proteção à testemunha. Porém, ele não é feliz trabalhando burocraticamente como um arquivista, com superpoderes bloqueados por remédios, e sente saudade dos anos em que assaltava bancos e descia o cacete em quem aparecesse à sua frente.

    Mesmo que não seja o melhor trabalho da dupla Brubaker e Phillips, ainda é superior à maioria do que é publicado no gênero. Um quadrinho violento e com um protagonista que não vale muita coisa, mascarado ou não.

    ‘Incógnito’. Autores: Ed Brubaker e Sean Phillips. Tradução: Dandara Palankof. Editora: Mino. Páginas: 368. Preço: R$ 197. Cotação: bom.

    ‘Decadência’. Autor: Inio Asano. Tradução: Caio Pacheco. Editora: JBC. Páginas: 256. Preço: R$ 64,90. Cotação: ótimo.

    ‘Nas Índias traiçoeiras’. Autores: Alain Ayroles e Juanjo Guarnido. Tradução: Renata Silveira. Editora: Nemo. Páginas: 160. Preço: R$ 194,80. Cotação: ótimo.

     

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