Mia Khalifa celebra morte de Kissinger dando descontos em seu OnlyFans
LEONARDO SAKAMOTO
A influenciadora, empresária e ex-atriz pornô Mia Khalifa celebrou a morte do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger, nesta quarta (29), oferecendo 29% de desconto em sua conta no Only Fans para quem usar o código promocional "ByeBitch" - "Adeus, Vadia", em português. "Bom dia a todos, exceto Henry Kissinger. Porque ele finalmente está morto", postou em seguida.
Por que isso importa? Tendo se aposentado da produção de filmes pornôs há oito anos e sendo proprietária de uma marca de joias, a libanesa Sarah Joe Chamoun (seu nome real) vem sendo bastante ativa em temas políticos. E tem cacife para tanto: possui 27,3 milhões de seguidores no Instagram e 5,7 milhões no X/Twitter.
Conhecida apoiadora do direito palestino a um Estado
próprio e crítica das violações em direitos humanos sofridas pela
população nos territórios de Gaza e da Cisjordânia, ela gerou polêmica
ao defender os ataques do Hamas contra Israel. Desde o início do
conflito, ela tem usado o seu peso nas redes sociais para cobrar
posicionamento de artistas sobre Gaza.
Kissinger, que faleceu aos
100 anos, ajudou a moldar o mundo como o conhecemos hoje, contribuindo
com a vitória dos Estados Unidos na Guerra Fria. Mas também é acusado de
ser um criminoso de guerra por conta de seu papel no conflito entre os
EUA e o Vietnã, no bombardeio do Camboja pelos EUA, no apoio a guerras
na África subsaariana, na ajuda a golpes de Estado e no respaldo a
ditaduras açougueiras na América Latina, como na Argentina e no Chile, e
na anuência à invasão do Timor Leste pela Indonésia, em 1975, quando
foram mortas de 200 a 300 mil pessoas.
O nome de Mia Khalifa se
tornou familiar à política brasileira, em 2021, quando foi citada várias
vezes na CPI da Covid, em tom de ironia após o senador Luis Carlos
Heinze (PP-RS) reproduzir na comissão uma fake news sobre uma suposta
conspiração criada para atacar a cloroquina - remédio sem eficácia para a
doença que se tornou o xodó do bolsonarismo. Nas redes sociais, a
mentira usava a foto de Mia Khalifa, vestida de médica. A repercussão
zerou a internet. A ponto de ela própria entrar na brincadeira, postando
uma montagem em que prestava depoimento na CPI.
UOL