Funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp resistem à sanha privatista de Tarcísio
"Sob o comando da Via Mobilidade, as
condições de trabalho pioraram, afirma
Eluiz Alves de Matos, presidente do Sin-
dicato dos Ferroviários de São Paulo. “A
jornada de trabalho deles é de 12 horas,
enquanto a nossa é de 8 horas diárias. E
o salário deles é muito inferior.” O líder
sindical teme, ainda, a redução do qua-
dro de funcionários. Quando as Linhas 8
e 9 foram privatizadas, explica, centenas
de trabalhadores aderiram a um progra-
ma de demissão voluntária. Quem ficou
sofre com o acúmulo de funções e jor-
nadas exaustivas. “A qualidade do ser-
viço também despencou. Toda semana
tem descarrilamento de trem, o tempo
de espera aumento
Não bastasse, a contratação de funcio-
nários terceirizados disparou. Recente-
mente, a S&G, responsável pela venda de
passagens nas Linhas 8 e 9, decretou falên-
cia e dispensou os funcionários sem pagar
os salários devidos, bem como os direitos
de rescisão. Com as bilheterias abandona-
das, a CPTM teve de liberar as catracas e,
em caráter emergencial, deslocar funcio-
nários que exerciam outras funções pa-
ra retomar as vendas. “É isso que aconte-
ce quando a empresa privada não dá con-
ta das suas atribuições. Sobra para o Es-
tado resolver o problema”, alerta Matos."
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