Dia da Mulher: sem razoes para celebrar

"A socióloga Suelen Aires Gonçalves,
que pesquisa violência de gênero há mais
de dez anos, observa que o feminicídio, ao
contrário do homicídio comum, pode ser
prevenido. “Trata-se de um crime preme-
ditado, anunciado, que deixa rastros. É
um ponto final na vida da mulher, mas an-
tes dele há muitas vírgulas”, afirma. “Os
familiares e amigos percebem que a víti-
ma corre risco. Por isso, é um crime que
pode ser evitado.” A melhor forma de bar-
rar a violência antes que ela seja irrever-
sível, explica a pesquisadora, seria a exis-
tência de políticas públicas efetivas, capa-
zes de promover uma rede de apoio e aco-
lhimento às vítimas. “Se o Estado tives-
se compromisso com a vida das mulheres
e fizesse investimentos públicos pesados
para combater o feminicídio, a realidade,
com certeza, seria outra.”"
leia reportagem de MARIANA SERAFINI