Esquema de ouro ilegal Yanomami envolve empresas milionárias acusadas de lavagem de recursos no Pará
"O garimpo na Terra Indígena Yanomami envolve milhares de pessoas entre garimpeiros, pilotos, operadores de rádio, atravessadores, cozinheiros e até garotas de programa. Mas quem mais lucra com esse crime são empresas com faturamentos milionários e sede em bairros nobres da capital paulista. Algumas delas são alvo na Justiça não só por comprar de garimpeiros clandestinos, mas por participar de um esquema que pode ter legalizado, em 2019 e 2020, mais de 4 toneladas de ouro ilegal de várias terras indígenas da Amazônia, segundo o Ministério Público Federal.
As mais de 4 toneladas de ouro lavados que levaram as DTVMs ao banco dos réus são uma pequena parte do problema causado pelo garimpo ilegal na Amazônia. Estudo realizado pelo Instituto Escolhas mostrou que pode chegar a 229 toneladas o volume de ouro ilegal comercializado no Brasil entre 2015 e 2020, o que representa metade da produção nacional no período. Um terço desse ouro irregular foi comprado por apenas cinco DTVMs – entre elas a FD’Gold, a Ourominas e a Carol."
mais na reportagem de Ana Magalhães e Diego Junqueira