Porciuncula na Cultura

 

de LILIA SCHWARCZ

O que pretende o presidente? A menos de um mês do fim do mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou o policial militar André Porciúncula para a Secretaria Especial de Cultura. A pasta era comandada pelo corrupto Hélio Ferraz.

Em julho de 2020, um mês após Mário Frias tomar posse na Cultura, com sua proposta contra a cultura, Ferraz foi nomeado como número dois da pasta.

Quando Frias deixou o comando, Ferraz assumiu com um salário de mais de R$ 17 mil. Dois anos mais tarde, Ferraz esteve, junto com Frias, no centro de uma polêmica por excesso de gastos em uma viagem a Nova York (EUA) em dezembro de 2021. De acordo com o Portal da Transparência, o motivo da viagem foi a discussão de um projeto de audiovisual com o empresário Bruno Garcia e com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie. Pode????

Agora vamos falar de Porciuncula. Ele que era subsecretário de Fomento da pasta, deixou o cargo para disputar uma vaga de deputado federal pelo PL da Bahia.

Como saiu derrotado, o PM voltou à pasta na vaga de secretário-adjunto. Em março, durante uma convenção de um grupo pró-armas, Porciuncula recomendou que os participantes usassem R$ 1,2 bilhão de recursos da Lei Rouanet para produzir conteúdo a favor da política armamentista.