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  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

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    sexta-feira, outubro 21, 2022

    Um conjunto de ponderações sobre o atual estado da disputa eleitoral no Brasil

     

     1. Entre as empresas que fizeram pesquisas no 1o turno, as seguintes mantiveram-se mais ou menos consistentes na direção/sentido: Atlas, Datafolha, FSB, MDA, Ideia, Ipec, Ipespe, PoderData, Quaest.

    2. As demais, ou não fizeram levantamentos sistemáticos, ou mudaram de direção no meio do caminho. Opto por não considerá-las em meus exercícios de análise.

    3. Entre as consistentes, a diferença entre L e B, em votos totais, varia, hoje, entre 4 e 6 pp.
    4. A 10 dias da batalha final, ainda existe uma barreira de 5 milhões de votos, numa projeção conservadora, interpondo L e B.

    5. As últimas pesquisas dão tendência, muito lenta e incremental, de redução da margem.
    6. Na atual velocidade e escala, não haverá ultrapassagem. Bolsonaro teria de acelerar.

    7. Aqui começa o problema: os votos que serviram para reduzir levemente a margem vieram, segundo as pesquisas, menos de Lula e mais de indecisos/brancos/nulos. 
     
    8. O estoque de indecisos/brancos/nulos (5%) não é suficiente para cacifar a virada.

    9. Quem vota em Lula, não vota em Bolsonaro. E vice-versa. Há raríssimos casos de conversão. No geral, é isto aqui que o Jairo Nicolau apresenta, com números do 1o turno:
    10. Se não há estoque de votos de indecisos/b&n, e se não há muita chance de viragem de voto, qual pode ser a carta na manga do bolsonarismo? As abstenções, claro.

    11. Mas notem, também, que aqui o jogo é menos simples para B do que parece. 
     
    12. Segundo simulação feita pela Quaest, a distorção, no primeiro turno, foi da ordem 6:4. Em números aproximados, cada ponto adicional de abstenção, a partir do patamar já alto de 21% (1o t), tiraria 0.2 pp da vantagem de Lula. Se bater em absurdos 25%, reduz 1 ponto na margem. 
     
    13. Há também atenuantes: não houve mobilização no 1o turno, do lado de Lula, contra a abstenção. Parece já ter havido do lado bolsonarista.

    14. Além disso, há a dificuldade imposta pelo feriado de 2 de novembro. Não creio em impacto significativo, mas, se houver, é contra B. 
     
    15. Ou seja: ainda que seja incrível que estejamos, a esta altura do campeonato, ainda considerando a real hipótese de vitória de Bolsonaro (e é incrível mesmo), as chances de Lula seguem altas. Consideravelmente mais altas. 
     
    16. A 10 dias do fim de um longo ciclo, há que seguir fazendo campanha. Mas é FUNDAMENTAL cuidar da logística antiabstenção. De aspectos institucionais (prefeituras) a caronas solidárias a parentes/amigos (sociedade civil), esta será a última fronteira da disputa.

     

    Thread by @dbelemlopes on Thread Reader App – Thread Reader App: Um conjunto de ponderações sobre o atual estado da disputa eleitoral no Brasil

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