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    terça-feira, setembro 07, 2021

    Bolsonaro cumpre missão de manter base eletrizada com estratégia de risco

     

    Fábio Zanini

    Em discursos em Brasília e São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pronunciou algumas de suas frases de maior teor golpista desde que assumiu o mandato, há dois anos e meio.

    Chamar um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) de “canalha” e prometer desrespeitar decisão judicial, o que é uma evidente ruptura do jogo, não são palavras triviais e exigem repulsa firme.

    eachment, embora partidos tenham usado o gancho para renovar os esforços pelo seu afastamento.

    Nada indica, no entanto, que essa ação tenha chance concreta de prosperar num primeiro momento, dada a blindagem oferecida pelo centrão e o prazo exíguo antes do pleito de 2022. Mas o cenário é fluido, para dizer o mínimo.

    Olhando num horizonte maior, o presidente pode ficar ainda mais satisfeito.

    Bolsonarismo é movimento. É manter-se em constante processo de mobilização de apoiadores, como um ciclista que não para de pedalar.

    Os arroubos contra o STF são mais um pedaço de uma estratégia que já teve inúmeros estágios: defesa das armas, denúncia do esquerdismo nas universidades, ataques a Sergio Moro, propaganda da cloroquina e, mais recentemente, o voto impresso.

    Cada palavra de ordem serviu seu propósito, o de manter a base de apoiadores eletrizada, mesmo que o presidente e seus auxiliares sempre soubessem que a chance de sucesso destas bandeiras é pífia. Mas não importa: o que vale não é o ponto de chegada, e sim o caminho.

    Nesse sentido, missão cumprida. Bolsonaristas saem do feriado da Independência firmes no propósito de defender seu capitão. Tias do zap, líderes evangélicos, produtores rurais e “patriotas” das mais variadas estirpes estão ultraengajados na campanha de 2022.

    A isso se soma um discurso vitimista, que também ajuda muito na mobilização de massas. Resumidamente, diz que o presidente não tem culpa pelas falhas em seu governo. A inflação sobe por ser um fenômeno mundial. As mudanças de que o país precisa não saem por sabotagem dos outros Poderes e da imprensa. A economia cresce pouco por culpa dos que defenderam o isolamento na pandemia.

    Entender o processo que leva ao bolsonarismo, obviamente, não significa complacência. Já está claro que o presidente tem viés autoritário, e que seus arroubos ficam no declaratório apenas devido à vigilância e contenção permanentes de uma gama de atores, dos demais Poderes a empresários, imprensa e sociedade civil.

    Não está descartado que as declarações golpistas do 7 de Setembro sejam o início de um processo de ataque às instituições que chegue às vias de fato. Não é essa a impressão que fica dos atos deste feriado, no entanto, que, descontada a verborragia excessiva do chefe de Estado, transcorreram de maneira bem menos tensa do que se temia.

    No período de 13 meses daqui até a eleição o presidente precisará manter a bicicleta rodando, seja reafirmando as ameaças atuais ou inventando novas causas para animar seu público. Mas nisso, Bolsonaro é criativo.

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