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    domingo, julho 18, 2021

    No país dos facilitadores

    Álvaro Costa e Silva

    A República da Bruzundanga moderniza-se. Sai de cena o zangão —aquele falso despachante que vivia rondando cartórios e usava bigode e costeleta, camisa florida, sapato branco sem meia e capanga embaixo das axilas— e entra o facilitador. Este, obrigatoriamente, veste-se e comporta-se como se tivesse chegado ontem de Miami.

    É um tipo limpinho e sorridente. Em sites especializados, a definição do que ele faz é um primor de vigarice e, como convém aos novos tempos, de português mal traduzido do inglês: "Alguém que ajuda um grupo de pessoas a compreender os seus objetivos comuns, auxiliando-os a planejar como alcançar estes objetivos".

    O empresário Herman Cardenas é um facilitador. Se a CPI da Covid fosse um filme, ele seria interpretado por Sylvester Stallone. Dono da Davati Medical Supply, sediada no Texas, Cardenas reconhece que não tinha nenhuma das 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca cuja compra ofereceu ao governo. Mas percebeu que ali havia um bom negócio, uma comissão gorda, e jogou a isca. O cardume de piranhas se alvoroçou.

    O trabalho dos zangões era feito em dupla com os chamados perdigueiros, que se faziam passar por escreventes e escolhiam as vítimas das fraudes. Para a função, Cardenas tinha no Brasil um representante, o vendedor Cristiano Carvalho, que lhe foi indicado por um coronel, dono da Guerra International Consultants, em Maryland --um dos muitos coronéis metidos no rolo. Carvalho, por sua vez, ampliou a rede trazendo para a pesca um cabo da PM de Minas Gerais e um reverendo que se apresenta como "presidente mundial da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários".

    Qualquer pessoa mais ou menos informada iria desconfiar da mutreta. A não ser que estivesse mais interessada nela do que os próprios mutreteiros. À CPI Cristiano Carvalho relatou que suas ofertas foram levadas a três membros da cúpula do Ministério da Saúde.

    Folha


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