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    quarta-feira, julho 21, 2021

    Brasil queria ter recebido a mesma atenção que Bolsonaro deu a seus soluços

     

    Celso Rocha de Barros

    Tudo que o Brasil queria, durante a pandemia, era ter recebido a mesma atenção que Jair Bolsonaro deu a seus soluços.

    Para tratar seus soluços, Bolsonaro não foi atrás de um gabinete paralelo de médicos estelionatários. Foi a um dos melhores hospitais de São Paulo.

    Quando era o dele na reta, Bolsonaro contrariou uma previsão de Osmar Terra, que tuitou que os soluços provavelmente não eram nada. Talvez Terra achasse que, se Bolsonaro soluçasse mais, desenvolveria imunidade de rebanho.

    Todo o tratamento a que Bolsonaro se submeteu na última semana foi baseado em protocolos médicos publicados nos melhores journals acadêmicos.

    Nada daquelas picaretagens de cloroquina publicadas em revistas desconhecidas, nada escrito por vagabundos como o francês Didier Raoult, nada que o senador Heinze defenda na CPI para desviar atenção sempre que alguém pega a turma do Bolsonaro roubando dinheiro de vacina.

    Não há qualquer notícia de que Bolsonaro tenha, para descobrir e tratar a origem de seus soluços, se recusado a utilizar medicamentos ou equipamentos médicos de origem chinesa.

    Fez bem: a China é o grande parque industrial do mundo contemporâneo, e empresas do mundo todo fabricam seus produtos, ou insumos para seus produtos, em solo chinês.

    Se Bolsonaro tivesse se recusado a utilizar medicamentos ou equipamentos chineses para se tratar, teria arriscado sua própria vida com irresponsabilidade suicida. A vida dele, pelo menos, ele não arriscou.

    Tampouco há qualquer notícia de que a ida de Bolsonaro para o hospital tenha sido retardada até que algum hospital oferecesse suborno a militares bolsonaristas, bolsonaristas do centrão, reverendos bolsonaristas ou qualquer um desses personagens que a CPI vem descobrindo na roubalheira das vacinas.

    Bolsonaro não colocou sua saúde a leilão como colocou a saúde do resto do povo brasileiro. Se a Pfizer tivesse oferecido a Bolsonaro a cura de seus soluços, teria sido respondida já no primeiro email.

    Bolsonaro fez política com a internação, do mesmo modo que fez política com a pandemia: postou uma mensagem em que atribuía seus problemas de saúde (até agora mal explicados) à facada de Adélio Bispo.

    Aproveitou para mentir que PSOL e PT teriam alguma coisa a ver com o atentado, hipótese que a polícia federal, sob comando do próprio Bolsonaro, já desmentiu.

    Porém, na hora do soluço, Bolsonaro não politizou nada que colocasse a própria vida em risco.

    Se a única mentira que Bolsonaro tivesse contado durante a pandemia fosse que Adélio criou a Covid-19 a mando do Lula, ou, sei lá, do Jean Wyllys, seria mentira, mas seria uma mentira que mataria menos gente do que as mentiras que Bolsonaro contou sobre cloroquina, vacina ou isolamento social.

    Ao que parece, Bolsonaro começou sua crise de soluços como começou sua gestão da pandemia: negando sua gravidade. Entretanto, quando sentiu uma forte dor abdominal, Bolsonaro mudou de ideia e aceitou ser tratado.

    Se Jair Bolsonaro tivesse sentido a dor do povo brasileiro sendo intubado sem anestésico com a mesma intensidade que sentiu suas dores abdominais, talvez tivesse mudado de ideia a tempo de impedir o meio milhão de mortes.

    Desejo ao presidente melhoras, porque um hospital não é a instituição estatal em que ele tem que terminar seus dias.

    FOLHA

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