This site will look much better in a browser that supports web standards, but it is accessible to any browser or Internet device.



blog0news


  • O BRASIL EH O QUE ME ENVENENA MAS EH O QUE ME CURA (LUIZ ANTONIO SIMAS)

  • Vislumbres

    Powered by Blogger

    Fragmentos de textos e imagens catadas nesta tela, capturadas desta web, varridas de jornais, revistas, livros, sons, filtradas pelos olhos e ouvidos e escorrendo pelos dedos para serem derramadas sobre as teclas... e viverem eterna e instanta neamente num logradouro digital. Desagua douro de pensa mentos.


    sábado, maio 22, 2021

    As mentiras do general

     BERNARDO MELLO FRANCO

    Eduardo Pazuello vestiu terno e gravata, mas falou à CPI como se estivesse de farda. Camuflado de civil, o general parecia enxergar os senadores como um bando de recrutas. Chegou a censurar as perguntas do relator, que classificou como “simplórias”.

    Protegido por um habeas corpus do Supremo, o ex-ministro se sentiu livre para mentir. Mentiu sobre a negociação de vacinas, a indicação de remédios milagrosos e a omissão na crise de falta de oxigênio em Manaus. Mentiu até sobre a própria saúde, ao negar o piripaque que interrompeu seu depoimento na quarta-feira.

    Pazuello foi à CPI com uma missão clara: blindar Jair Bolsonaro e assumir a responsabilidade pelos desmandos na pandemia. Para proteger o chefe, renegou sua frase mais famosa: “Um manda, o outro obedece”. Na nova versão, o capitão nunca deu ordens ao general. Só produziu frases de efeito para animar seguidores na internet.

    O senador Flávio Bolsonaro voltou a atuar como cão de guarda do pai. Vigiou o ex-ministro para evitar que ele se desviasse do roteiro combinado. Na saída, elogiou Pazuello pelo bom comportamento. Só faltou condecorá-lo com uma medalha a mais para o uniforme.

    Na tentativa de arrancar alguma revelação, a oposição apelou aos brios do general. O senador Rogério Carvalho disse que ele parecia um ajudante de ordens do capitão. Otto Alencar expôs sua ignorância sobre o coronavírus. “O senhor não sabe nem o que é a doença. Não podia ser ministro da Saúde”, sentenciou.

    Para alívio do governo, o general conseguiu se manter na linha. Não convenceu ninguém do que dizia, mas evitou a explosão de nervos temida pelo Planalto. Ele também foi ajudado por senadores que, em vez de apertá-lo, preferiram subir no palanque e discursar para a TV.

    Em tom de desafio, Pazuello disse que era um oficial-general e não precisava ser lembrado do compromisso de dizer a verdade. O regulamento do Exército trata a mentira e a omissão como transgressões disciplinares. “Uma coisa que não tem dentro do Exército é enrolação”, concordou o senador Omar Aziz. Mesmo assim, o ex-ministro se sentiu à vontade para enrolar a CPI.


    Veja 12 mentiras que Pazuello contou na CPI da Covid | Jornalistas Livres


    0 Comentários:

    Postar um comentário

    Assinar Postar comentários [Atom]

    << Home


    e o blog0news continua…
    visite a lista de arquivos na coluna da esquerda
    para passear pelos posts passados


    Mas uso mesmo é o

    ESTATÍSTICAS SITEMETER