Irreverente, Tarso de Castro criou o histórico Folhetim nos anos 1970
"“Ele chegava ao jornal já meio calibrado”, conta o então secretário de
Redação, Caio Túlio Costa. Sentava-se diante da máquina de escrever,
colocava nela a lauda (folha de papel em que eram escritas as matérias
nesta época), escrevia o lide (primeiro parágrafo, com a ideia inicial
do texto) do que seria sua coluna naquele dia. E parava aí.
Levantava-se, descia e ia até um conhecido bar na alameda Barão de Campinas, na parte de trás do prédio do jornal.
Engatava, então, num papo com outros jornalistas, bebia um pouco mais. Às vezes, voltava a tempo, antes do fechamento. Quando era assim, embalado, terminava sua coluna rapidamente. Quando não, um de seus chefes acabava tendo de rematá-la por ele.
Suas colunas tinham forte componente político em tempos de ditadura militar. De esquerda, brizolista e inconformado com a censura, fazia provocações abertas ao regime em seus textos."
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