Cocaína em contêineres e suborno: as origens de André do Rap

"Para exportar droga à Europa, Gilmar Flores contava com um importante aliado em Santos: André do Rap, apelido pelo qual André Oliveira Macedo era conhecido em toda a periferia da Baixada Santista. Alto e gordo, André do Rap se valia de diferentes facetas para expandir seus lucros no crime. Figurava na mídia em eventos sociais, organizava shows de funk, exibia-se como empresário ligado ao surfe profissional, preocupado com o social — financiava uma ONG voltada ao atendimento de crianças e adolescentes pobres da periferia de Santos.
Mas sua principal atividade era liderar o PCC na Baixada e, em nome da facção, exportar grandes quantidades de cocaína via Porto de Santos. Em pouco mais de um ano de investigação na Operação Oversea, a polícia iria apreender 3,7 toneladas do mais puro cloridrato de cocaína, voltado ao exigente público europeu e norte-americano. Com a ajuda de uma rede de subordinados, André do Rap conseguia com antecedência informações sobre navios, cargas e destinos de dezenas de navios que todos os dias atracam no porto. Para isso, corrompia funcionários das empresas, mostram diálogos de aliados dele no Blackberry interceptados pelas investigações: “Ele consegue informação antecipada”, escreveu um aliado, ao aliciar mais um trabalhador do porto. “Se liga, esse cara sabe até o dia que vai chegar lá [a droga], quando chega a mensagem, chega no aparelho dele”, elogiou outro. "
mais no texto de Allan de Abreu
Cocaína em contêineres e suborno: as origens de André do Rap