Marcas deixadas nos livros revelam histórias de leitores e ampliam a experiência literária
"Caetano Veloso já definiu os livros como objetos transcendentes e, ao mesmo tempo, dignos de nosso “amor táctil”. Claro, há quem prefira mantê-los intactos. Por outro lado, tem quem sugira que um verdadeiro leitor é aquele que deixa suas marcas ao longo das páginas. Morto em fevereiro, o crítico literário George Steiner afirmava que a presença de um lápis na mão – para riscar, sublinhar e fazer anotações nas margens do texto – revela um leitor que reage e responde à obra que está lendo.
Para o artista visual Wolney Fernandes, essa relação
vem se modificando. “Eu tinha um cuidado muito grande em preservar os
livros, achava que tinham um caráter sagrado, mas, ultimamente, tenho
sentido uma vontade maior de escrever, rabiscar e fazer uma espécie de
troca: o livro me marca, e eu quero deixar uma marca nele também. Quero
tirar essa assepsia do modo como me relaciono com a leitura”, explica."
leia artigo de JULIA CORREA