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    quinta-feira, junho 18, 2020

    AINDA HÁ HUMANOS ENTRE NÓS



    CORA RONAI
    Quando a pandemia foi declarada e nos fechamos em casa, fiquei revoltada quando soube que os meus netos teriam aulas à distância. Naquele primeiro momento, achei que era um absurdo tirar das crianças a extraordinária vivência da quarentena: a meu ver, o que eles deviam fazer era apenas viver e observar, para um dia contar aos seus filhos e netos como foi. Depois fui me dando conta de que participar das aulas por zoom fazia parte da experiência, embora continue achando que escolas não devam cobrar aprendizado das crianças durante estes meses, e que não há coisa que possam ensinar a elas que seja tão importante quanto o momento único pelo qual passaram. Vão perder o ano? Faz parte. Todos perdemos o ano.

    Nesta semana o professor Marcelo Rebelo de Sousa fez uma apresentação no "Estudo em casa", da RTP, com dez lições da pandemia. E concluiu com um raciocínio parecido, dizendo às crianças que não foram lá muito bem em português ou matemática que não se aflijam, que isso não é o fim do mundo: a grande aula das suas vidas foi viver o que viveram.

    Ele falou sobre outras coisas importantes, a começar pela primeira das lições que trouxe: o fundamental da vida é a própria vida, e a saúde. Nada é possível sem isso. Disse que, sendo a pandemia de todos, todos deveríamos enfrentá-la juntos " o que, infelizmente, não aconteceu. Disse também que os que ficaram em casa só puderam fazê-lo porque houve quem fosse trabalhar. Recomendou ainda à garotada que proteja os mais velhos, a quem tanto devem " e gostei particularmente disso porque hoje não está mais na moda reconhecer que os jovens devem alguma coisa aos velhos, muito antes pelo contrário.

    O professor Marcelo, que tem 71 e que assim se apresentou às crianças ("Olá. Boa tarde, chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e sou professor") é também o presidente de Portugal. O seu recado durou pouco menos de 30 minutos, e foi uma esplêndida aula de cidadania e humanismo.

    Eu ouvi tudo o que ele disse com admiração, e fiquei mortificada de inveja, porque há tempos não sei o que é ter um presidente que seja, acima de tudo, um ser humano " apenas isso, um ser humano. Bom de cabeça e de coração, que saiba pensar e falar e transmitir ideias.

    Parabéns, Portugal.

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