O primeiro ato do Brasil pós-Bolsonaro
JUCA FILHO
Depois que isso tudo passar (não estou falando da pandemia, estou falando do "pandemônio") o primeiro ato do Brasil pós-bostanazi deveria ser um concurso para a criação de uma nova bandeira nacional e um novo uniforme da seleção, o qual seria terminantemente proibido de ter a cor amarela. Porque um dos piores efeitos colaterais dessa porra toda é "esmerdallhar" alguns símbolos nacionais extremamente queridos tornando-os tão tóxicos que chegam a dar enjôo. Cada vez que eu vejo uma mula de camisa amarela ou um zebu enrolado na bandeira do Brasil agredindo uma enfermeira ou um jornalista ou nessas carreatas patronais de SUVs eu me sinto ultrajado e, num processo similar ao do filme "Laranja Mecânica", sou invadido por uma repulsa incontornável. Quando a gente varrer o carcinoma bostonarista das nossas vidas ( é isso ou a morte...) vai ser difícil olhar para alguém portando uma bandeira do Brasil sem imaginar que o sujeito é um véio reaça pré-avc ou uma tia Beleleca hidrófoba. Ou torcer pela seleção sem imaginar que aquele amarelo não representa o canarinho, mas sim uma diarréia debilitante. Digo isso porque acho que só tem uma possibilidade de se sobreviver e não querer "pedir a conta" como fêz o Migliaccio: eliminar das nossas vidas esse tumor maligno comportamental ideológico e seus símbolos, infelizmente tão queridos a nós, anteriormente. Mas não se iludam, mesmo se esta doença ruim regredir ao esgoto moral e ético de onde saiu, vamos passar ainda por muita "quimioterapia social" porque a metástase está por solta por aí. Basta ver os vídeos inacreditáveis e vergonhosos nestas manifestações "coronafest" mais recentes e os áudios disseminados nos grupos de conversa. O Brasil está na UTI e o nosso respirador se chama Democracia, Estado de Direito e Liberdade. Coisas que o gado em delirio estão pisoteando, se aproveitando do fato que qualquer ser humano com alguma noção das coisas, QI acima de 25 e sem necessidades imperativas de ir à rua, permanece em confinamento. Ou seja, não dá pra se medir forças políticas nas ruas. Sem isso acho que seria fácil se colocar um milhão na Candelária como vivi nas Diretas Já e no comício de Lula. E mostrar pra estes fascistas amadores escrotos que o que eles chamam de "povo brasileiro" é apenas um excremento da sociedade. Um milhão, sim, só que ninguém de amarelo nem enrolado na bandeira do Brasil. No máximo a camisa ou a bandeira do do seu time. Ou a da Nova Zelandia, em homenagem à maravilhosa, eficiente, humana e admirada Jacinda Ardern, esta líder fantástica com a qual sonhamos a cada brasileiro morto pela malignidade do Coronavirus ou pela boçalidade contagiosa de Bostanaro.